quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Greve geral gera confrontos entre manifestantes e polícia

Greve geral gera confrontos entre manifestantes e polícia


Por iniciativa dos estudantes e com o apoio de várias categorias profissionais, a paralisação se estende até hoje em todo país
25.08.2011| 01:30

Policiais usaram jatos de água na principal avenida de Santiago para conter os manifestantes (CLAUDIO SANTANA/AFP) Policiais usaram jatos de água na principal avenida de Santiago para conter os manifestantes (CLAUDIO SANTANA/AFP)
 
Confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados ontem em vários pontos de Santiago, durante a paralisação nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do Chile, que tem o apoio dos sindicatos dos professores e dos estudantes. Com ampla gama de exigências, a greve geral de 48 horas é a primeira enfrentada pelo presidente Sebastián Piñera em 17 meses de governo.
 
Em pelo menos três pontos da cidade, a polícia usou jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam bloquear o trânsito. Piñera lamentou os confrontos, mas disse que o país funciona com bastante normalidade. “Funcionam os hospitais, o transporte público, os aeroportos e as empresas. As pessoas estão podendo levar suas vidas de forma bastante normal”, disse.

No centro de Santiago, policiais enfrentaram homens encapuzados que ergueram barricadas diante da Universidade do Chile. Outros grupos enfrentaram as forças de segurança em Ñuñoa e na zona sul da cidade. No início da manhã, a avenida Alameda, principal via da capital, teve o tráfego interrompido por vários minutos em diversos pontos por manifestações de pequenos grupos de estudantes e trabalhadores.

Os bloqueios alteraram os trajetos percorridos por muitas pessoas, mas não conseguiram paralisar a cidade de mais de seis milhões de habitantes, onde o metrô e os ônibus urbanos funcionavam de maneira normal, segundo o ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errázuriz.

“O governo está empenhado em aparentar normalidade, quando todos sabem que o país não está normal”, afirmou Arturo Martínez, presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), o maior sindicato do país, que reúne 10% da força de trabalho e convocou a mobilização.

A manifestação teve o apoio de estudantes e professores, que há três meses protestam por uma educação pública gratuita e de maior qualidade. |
 
O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

É a primeira grande paralisação da gestão do presidente Piñera, que assumiu em março de 2010. Porém, há três meses, ele é alvo de manifestações diárias lideradas por estudantes e professores.

SAIBA MAIS
 
A relação de reivindicações inclui desde reformas na educação, em especial a defesa do ensino superior gratuito, até demandas específicas de cada setor.

O governo apresentou três propostas de reformas na educação. Todas foram rejeitadas pelos estudantes e professores.

Segundo eles, as medidas são insuficientes e não atendem às demandas.
 

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