O processo de
avaliação docente imposto pela Reitoria da UVA é da mesma índole das avaliações
institucionais impostas pelo Governo.
Para os
estudantes um provão único para avaliar diferentes perfis e realidades estudantis.
Para os professores a prova dos “quantos”. Quantos isso e aquilo!
Qual fórmula
única ou sistema exclusivo de parâmetros consegue medir a qualidade das mais
diversas produções que são desenvolvidas nas diversas áreas de conhecimento? Ou
que consegue avaliar a qualidade do processo de aprendizagem, considerando as
diferentes metodologias e objetivos específicos de cada formação profissional?
Ou mesmo, que consiga captar a subjetividade dos múltiplos níveis de
compromisso, de perspectiva, de ritmo de produção, de satisfação, de angústia e
de frustração do professor? É o que muitos se perguntam.
Assim como as
universidades são diferentes não pelo “quanto elas valem”, os professores
também não. Ter níveis quantitativos diferentes de “avaliação” ou “produção”,
maior ou menor, não significa superioridade ou inferioridade. Pode significar,
simplesmente, NADA, visto que toda significação só se valida num contexto
teórico-metodológico, técnico, histórico, sociocultural e político específicos.
É consenso nos
meios acadêmicos respeitáveis, que toda avaliação docente deve fazer parte de
um projeto institucional participativo, onde os objetivos, procedimentos,
técnicas, critérios e parâmetros, são cientifica e politicamente
explicitados/justificados.
Toda avaliação
num contexto escolar/universitário, seja voltada ao processo ensino-aprendizagem,
ao docente ou à própria instituição, deve ser qualitativa e contínua, visando
levantar dados e informações para subsidiar as ações pedagógicas,
administrativas e políticas, ou seja, deve ser concebida como um diagnóstico,
como um processo investigativo e que, como tal, tem que ser contextual.
A avaliação
classificatória e rankeadora,
executada e publicada pela Reitoria, reforça o caráter arbitrário e autoritário
dessa ilegítima administração, pois não se valida técnico-cientificamente, gera
ambiente de exclusão e favorece o assédio moral.
- Alguém
tem conhecimento dos fins dessa “avaliação” docente?
- Os coordenadores e colegiados foram inteirados
do processo e de suas possibilidades?
- Como
e em qual base teórico-metodológica foram criados e adotados os critérios
e parâmetros para a elaboração do conteúdo e do procedimento de aplicação
dos questionários?
- Como
ocorreu a sistematização e transposição dos resultados em índices
quantificáveis de enquadramento classificatório do professor? Ou melhor,
uma avaliação, que se diz qualitativa, pode ser plenamente traduzida e
reduzida ao resultado final de um índice estatístico?
- O
que quer dizer, 4.51 ou 2.58, por exemplo? Faz-se o quê com isso?
- Foram
considerados o número de disciplinas por professor e a quantidade de
alunos por turma?
- Por
que as condições de trabalho e as demais atividades docentes não foram
consideradas?
- Responder
um questionário em situação compulsória, sem a explanação prévia dos
objetivos e da importância, em condição secundária, como uma simples etapa
antecedente, a ser eliminada, antes da execução da matrícula do aluno, em
que estudante só teria acesso ao portal de matrículas após responder todo
o questionário, é o processo mais adequado e a condição mais propícia para
gerar resultado revelador da “qualidade docente”?
- Classificar/rankear é imprescindível? Por que não, apenas a avaliação sem
a rotulação de “o melhor” e o “pior” do curso, do centro, da universidade?
- Quem
e o que se ganha com esse ranking?
- “Cartinhas”
parabenizando “os melhores” foram emitidas! E os “piores”, por acaso,
receberão, carta de demissão, como ocorre nas IES privadas?!
- Vai
ter, nos mesmos termos, avaliação dos administradores da UVA?
- O
magnífico Reitor da UVA foi “eleito” mais uma vez, o melhor reitor do
Ceará! Quem votou? Vocês? Nós?
- E
realmente, temos que concordar que, dentre os Reitores das IES Públicas,
ele é quem melhor cumpre seu papel de porta-voz do Governo do Estado e dos
empresários da educação!
- Gostaríamos
que essa eleição ocorresse aqui na UVA! Qual seria o ranking do magnífico Reitor?
Não nos estarrecemos com mais
essa prova de mediocridade acadêmica e muito menos ficamos surpresos, afinal
esse ranking foi anunciado, pelo
Reitor, com tom de ameaça, em audiência com o SINDIUVA no final do ano passado,
na sala do CONSUNI.
Porém, não
podemos negar que ficamos entristecidos e, até, angustiados, pois o “Rei está
Nu” e poucos se escandalizam, ou será melhor dizer, que cada corte tem o bobo
que lhe apraz.
FORA COLAÇO! ELEIÇÃO PARA
REITOR JÁ!
CONCURSO PÚBLICO PARA
PROFESSOR E FUNCIONÁRIO EFETIVOS!
PELA REFORMA POLÍTICA,
JURÍDICA E ADMINISTRATIVA DA UVA!
CONTRA O AUTORITARISMO
POLÍTICO E ADMINISTRATIVO DA REITORIA!