A Jornada de Mobilizações, 28 de abril, demonstrou a força dos trabalhadores com protestos e mobilizações em diversos estados do país. Organizações dos movimentos popular, sindical e estudantil levantaram as bandeiras de luta da CSP-Conlutas contra os ataques que vêm sendo anunciados pelo governo Dilma. Paralisações nas fábricas, manifestações, passeatas e travamento de avenidas marcaram essa data em todo país. O dia mundial em memória às vítimas de acidentes e doenças do trabalho também foi incorporado ao dia de mobilização por melhores condições de trabalho.
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Confira aos informes atualizados nesta sexta-feira (29)
Dia de luta no Rio Grande do Sul
O dia nacional de luta contra a retirada de direitos – 28 de abril, no Rio Grande do Sul, foi marcado pela realização de um ato público unitário em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. “Não somos nós que vamos pagar a conta, resolver com nossos salários, os problemas financeiros do estado”, declarou a presidente do CPERS/Sindicato Rejane de Oliveira, em crítica direta à proposta do governo de alterar a previdência estadual. Ela falou em nome do Fórum dos Serviodres Públicos Estaduais (FSPE/RS).
O movimento começou logo no início da tarde, quando educadores se reuniram no CPERS/Sindicato e, em caminhada, se deslocaram até o Largo Glênio Peres, onde encontraram servidores de outras categorias e trabalhadores da iniciativa privada. Antes do deslocamento, João Ezequiel, da direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, criticou a demissão de trabalhadores contratados pela Fugast, fundação que teve o contrato de prestação de serviços com o governo do estado rompido. “Os trabalhadores estão pagando por um erro do governo. Estes trabalhadores sequer estão recebendo suas rescisões contratuais”, denunciou o sindicalista.
Os manifestantes também deixaram claro que não aceitarão nenhum calote no pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Ao optar pela RPV, o servidor já ja abre mão de um direito, que é o de receber os seus precatórios. O governo deve cortar privilégios de grandes empresas, que se beneficiam de recursos públicos quando são isentas de pagar o ICMS. Esse montante faz falta para a saúde, educação e segurança.
Em nome da CSP-CONLUTAS, a vice-presidente do CPERS, Neida Oliveira salientou a necessidade de construir a unidade de todos que querem lutar contra estes ataques, denunciando a política de cortes em investimentos sociais do governo Dilma, a alta dos preços dos alimentos e o arrocho salarial, enquanto o governo mantém a política de pagamento de bilhões para os bancos por conta da dívida pública.
Com informações de João dos Santos Silva / Erico Corrêa
Dia de mobilização em Santa Catarina é marcado por paralisação em diversas categorias
Mesmo com a chuva, em Florianópolis os trabalhadores do serviço público municipal, estadual, federal, do transporte público e da juventude foram às ruas numa grande passeata unificada. O ato reuniu mais de mil pessoas, como parte do calendário nacional de luta unificado.
Estiveram paralisados neste dia 28 e enchendo as ruas da capital os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina representados pelo SINTUFSC, servidores dos Institutos Técnicos Federais – IFSC ligados ao SINASEFE, os servidores do IBGE, dirigidos pela ASSIBGE-SC, os trabalhadores em educação estadual ligados ao Sinte-SC e à oposição à direção do Sinte ligados ao bloco construindo a CSP-Conlutas na educação.
Também paralisaram suas atividades e participaram da passeata os servidores municipais de Florianópolis, liderados pelo Sintrasem, motoristas e cobradores ligados ao Sintraturb os trabalhadores do transporte . Uma representação da juventude que luta contra as absurdas tarifas de ônibus que acabam de aumentar também agitou o ato.
Também participaram e assinaram um manifesto do dia 28 entidades como o Sinergia, Andes-SC, Sindprevs, SINDPD, Sindsaúde, Aprasc, Assembléia Nacional dos Estudantes Livres-Anel, Frente de luta pelo Transporte público, a Intersindical, o PSOL e PSTU. ( Veja íntegra da matéria aqui)
Manifestação vitoriosa do dia nacional de lutas no Rio de Janeiro
A CSP-Conlutas RJ conseguiu coordenar a mobilização de várias entidades para as paralisações, manifestações e panfletagens do dia 28. A convocatória das atividades deste dia foi assinada pelas seguintes entidades: Associação de Docentes do Colégio D. Pedro II, Associação de Docentes do Instituo Benjamim Constant, Associação de Docentes da UFRJ, ANDES-SN, ANEL , APAR/IBC, ASFOC, ASIBAMA, ASSAN, ASSIBGE, Associação de Servidores do Instituto Nacional de Educação Surdos, CSP-CONLUTAS RJ, Movimento Mulheres em Luta, Plenária dos Movimentos Sociais, Movimento Quilombo Raça e Classe, SINASEFE, SINDJUSTIÇA, SINDPEFAETEC, SINDSCOPE, SINDSPREV, SINTUFF, Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu – STCNI.
Houve paralisação nas escolas técnicas estaduais e na rede de escolas do Colégio D. Pedro II. Também houve atividades e panfletagens nos Institutos Benjamim Constant e o Nacional de Educação de Surdos. Também os servidores do INCA, do Arquivo Nacional, dos servidores da justiça e da educação estadual. Os trabalhadores da saúde federal, estadual e municipal também realizaram panfletagens em seus locais de trabalho. Quanto aos comerciários, bancários, metalúrgicos e petroleiros da Baixa Fluminense participaram do Ato centralizado e fazem hoje (29) manifestações e panfletagens em Nova Iguaçu com o mesmo material utilizado nas panfletagens do dia 28.
A partir das 15 horas teve início o Ato que reuniu cerca de 300 companheiros e durou, com vários discursos dos representantes das entidades do movimento sindical, popular e estudantil, até as 19 horas. (Veja a matéria na íntegra).
Centenas de trabalhadores ocupam as ruas de Minas Gerais
Quase 2 mil trabalhadores manifestaram-se contra os acidentes de trabalho e os recentes ataques anunciados pelo Governo Dilma. A mobilização contou com a participação da CSP-Conlutas e seus sindicatos filiados, da Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais (filiada à CSP-Conlutas), além de entidades e movimentos como Movimento Mulheres em Luta, ANEL, MTST, CUT, CTB, NCST, UGT, CGTB, Fetaemg, MST, Via Campesina e MAB. Às 11 horas, em passeata até a porta do INSS e durante o percurso uma série de denúncias foram feitas pelos sindicalistas e movimentos presentes.
por volta de 15h, a CSP-Conlutas, o MTST e os moradores das ocupações Camilo Torres e Irmã Dorothy seguiram em protesto até a Prefeitura de Belo Horizonte, onde denunciaram os problemas da moradia na cidade e as ameaças de despejo das ocupações urbanas da cidade. ( Veja matéria na íntegra)
Ato unitário entre operários e professores marca dia de luta Ceará
Os trabalhadores da construção civil integraram este 28 de abril com mais um dia de mobilização pela campanha salarial 2011 com a presença de 3 mil operários. O movimento reuniu diversas passeatas dos mais diferentes pontos de Fortaleza e caravanas de diversas localidades.
Após a votação na assembleia, realizada às 10h, os operários da construção civil foram, em caravana, participar da greve dos professores, que acontecia em frente ao Paço Municipal, sede da Prefeitura de Fortaleza.
Na prefeitura, foi realizado uma tribuna com a participação da CSP-CONLUTAS, CUT, DCE da UECE, Anel, SindUECE, do SINDIUTE, ANDES, Fórum do Passe Livre, dentre outras entidades.
Zé Gotinha, da Construção Civil de Belém acompanha a luta dos operários de Fortaleza desde o dia 18 de abril. O dirigente informou que durante o ato em defesa dos trabalhadores da construção civil do Brasil realizado no dia de hoje, os operários paraenses pararam 60 obras e destacaram a luta dos operários cearenses. (Veja matéria na íntegra)
Dia de mobilização na Bahia denuncia os ataques promovidos pelo governo Dilma
O dia 28 de abril na Bahia foi marcado por várias manifestações em todo o Estado. Logo cedo, debaixo de muita chuva, a CSP-Conlutas esteve presente no Complexo Ford de Camaçari realizando um ato com faixas e panfletos denunciando os ataques promovidos pelo governo Dilma. Ainda pela manhã houve uma manifestação dos servidores públicos municipais de Alagoinhas, na porta da prefeitura. Os servidores do município juntamente com os trabalhadores das empresas terceirizadas paralisação suas atividades neste dia nacional de luta.
À tarde foi à vez das ruas de Salvador serem tomadas por estudantes, professores das universidades estaduais e servidores federais de várias categorias no Estado, que carregavam muitas faixas, bandeiras, bonecos e panfletos. O ato público contou com a presença de mais de 400 manifestantes e teve como tema central a luta dos professores da rede estadual de ensino superior. (Veja matéria na íntegra)
Ato político e cultural no Dia Nacional de luta no Rio Grande do Norte
Representantes do movimento sindical e popular participaram de um ato político e cultural nesta quinta (28/4) no centro de Natal.
A atividade fez do Dia Nacional de Lutas em todo o país. São trabalhadores da cidade e do campo, servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de estudantes e diversos outros setores do movimento popular, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).
O manifesto na rua João Pessoa teve início com o grupo Artes e Traquinagem, que apresentou “O julgamento do trabalhador”, mostrando que o teatro de rua ajuda a refletir a sociedade em que vivemos. Em seguida, representantes do movimento sindical e popular levaram seus protestos para a população. (Confira matéria completa)
Operários da construção civil e servidores públicos tomam às ruas do Pará
Em Belém (PA), uma grande manifestação toma conta das ruas da cidade com cerca de 5 mil pessoas, entre operários da construção civil de Fortaleza e servidores públicos.
Mais de 30 organizações, dos movimentos sindical, popular e estudantil, participam do ato que é marcado pela unidade de ação contra os ataques ao atual governo. Os manifestantes realizaram um protesto em frente ao prédio do INSS em memória as vítimas de doenças e acidentes do trabalho.
A passeata percorreu a Avenida Nazaré e teve seu desfecho na prefeitura da cidade.
Dia de luta no Maranhão
Pela manhã as Seções do SINASEFE do Campus Maracanã e Monte Castelo na capital e no interior do Estado o Campus de Zé Doca, este último mesmo com assédio da direção do Campus, paralisaram suas atividades.
Os servidores do Judiciário Federal já no dia anterior realizaram uma paralisação de 24 horas. No dia 27 houve panfletagem na Universidade Federal do Maranhão chamando para o ato do dia 28 na Praça Deodoro.
Pela tarde, houve ato na Praça Deodoro reunindo várias categorias, estudantes e movimento popular seguido de passeata até a Secretaria de Educação do Estado para prestar solidariedade e apoio aos professores em greve a quase 60 dias e que estão ocupando a Secretária para pressionar por uma negociação com o governo.
Além das bandeiras nacionais, o ato foi mais um protesto pelo Fora Roseana Sarney! No Maranhão. A CSP Conlutas levou para a praça uma grande faixa “Fora Honoráveis Bandidos”.
No Piauí servidores públicos municipais deflagram greve
Os servidores públicos municipais de Teresina, também se integraram ao dia de luta e deflagraram greve por tempo indeterminado.
O dia de mobilizações contou também com manifestação de entidades ligadas aos trabalhadores, como a CNESF (Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais). A passeata protestou contra o corte de R$ 50 bilhões no orçamento, o aumento dos juros e as medidas contrárias aos direitos do funcionalismo público federal, especialmente a proposta de congelamento dos salários dos servidores. ( Veja outra matéria relacionada).
No Amapá educadores se incorporam na manifestação
O ato no Macapá reuniu cerca de 300 pessoas e contou com a participação dos trabalhadores da educação do estado, que realizavam mobilização por campanha salarial. A manifestação começou na Praça da Bandeira, seguiu até a Secretaria de Educação e terminou em frente ao Palácio do governo. Uma comissão formada pelas entidades de base participantes do ato (CSP-CONLUTAS, SINSEPEAP, SINDSAÚDE, SINCOTRAPE) foi recebida pelo chefe de gabinete do governador do Estado. Uma nova audiência, com a presença do governador, foi marcada para amanhã, no período da tarde.
Brasília: no dia de mobilização terceirizados fazem ato em frente à reitoria da UNB
No dia 28, os trabalhadores terceirizados da universidade UNB de Brasília fizeram uma assembléia com mais de 500 trabalhadores. Logo em seguida foi feito um grande ato em frente à reitoria na luta pelo fim das demissões. Estiveram presentes diversos estudantes, a ANEL, o Dce da UNB, CSP – Conlutas, Sintfub, SINDServiços/DF, a CUT e a deputada Erika Kokay.
Em São Paulo travamento de avenidas e manifestação
Na capital paulista do dia de luta começou com travamento na Estrada do M’Boi Mirim. O ato realizado pelo MTST em conjunto com moradores da região, reuniu cerca de 400 pessoas e defendia um transporte público de qualidade para o bairro, que é uma das áreas de maior concentração de pobreza dentro do município de São Paulo. No protesto os manifestantes foram covardemente agredidos pelos policias e nove pessoas foram presas, um advogado da Central foi encaminhado ao local e os companheiros foram liberados. Também no interior de São Paulo, em Hortolândia, famílias organizadas pelo MTST marcharam rumo ao bairro Jardim Minda, onde está sendo construído o condomínio de apartamentos que parte das famílias do MTST moraria, se não fosse o descumprimento do acordo pela prefeitura.
Veja a repercussão do travamento da Estrada do M’Boi Mirim na grande imprensa
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/manifestantes-bloqueiam-avenida-na-zona-sul-20110428.html
http://www.band.com.br/transito-sp/conteudo.asp?ID=100000425776
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,protesto-bloqueia-estrada-do-mboi-mirim-em-sp,711913,0.htm
À tarde, no centro da capital, houve assembleia dos trabalhadores da educação municipal de São Paulo com a participação de 500 pessoas. O ato convocado pelo Sinpeem (Sindicato dos Profissionais do Ensino Fundamental-SP) teve a participação da Central. Durante a assembleia dos profissionais da educação foram distribuídos jornais da Central sobre o Dia 28 de abril. O informativo com as denuncias do atual governo e as bandeiras de luta da CSP-Conlutas teve boa aceitação por parte dos manifestantes.
Os metroviários de São Paulo também realizaram uma manifestação por melhores condições de trabalho para a categoria.
Passeata e paralisação nas fábricas marcam dia de luta em São José dos Campos e Região
Os metalúrgicos do 1° e 2º turno da GM paralisaram a produção por 1h30, diante disso, com 3 horas de atraso, deixaram de ser produzidos cerca de 180 veículos na montadora. Cerca de 7 mil trabalhadores participaram das assembleias, em que foram discutidas as reivindicações deste Dia Nacional de Mobilização.
Trabalhadores da Gerdau, Everel, Friuli e Plande protestaram, principalmente, contra a precarização no ambiente de trabalho, em que tarefas repetitivas e aceleração da produção geram a cada dia mais acidentes e doenças ocupacionais.
Também houve passeata em São José dos Campos com a participação de cerca de 1 mil pessoas. Houve ato em frente à Bandeirante Energia, o motivo do protesto era o fornecimento de energia à Ocupação do Pinheirinho, que vem sendo alvo de muitas reclamações. Em seguida, a passeata seguiu para o INSS, onde o tema dos discursos e protestos foi contra a política do governo de ataques aos trabalhadores.
O Dia Mundial de Luta contra os Acidentes e Doenças do Trabalho, também celebrado neste dia 28 de abril, foi lembrado na manifestação.
Também em Campinas houve paralisação nas fábricas da região.
Deu na grande imprensa:
http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=94645
http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=94633
Confira mais informações sobre o dia de Luta em São José
Postado por: Marcos Adriano
Presidente do CAPED
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