sábado, 11 de agosto de 2012

Estudantes no Chile intensificam protestos

Adital
Estudantes do ensino médio no Chile enfatizam aqui a tomada pacífica de instituições de ensino, ao considerar que suas demandas são ignoradas pelo governo e o Poder Legislativo. Os líderes estudantis apontaram que o Executivo ignorou as suas reivindicações a favor de um sistema de ensino menos segregador e procedeu favorecendo a majoritária composição de direita que prevalece no Parlamento.
Nesta sexta-feira, no encerramento de uma semana de intensas mobilizações que resultou em prisões em massa e denúncias de repressão policial, várias escolas de Santiago amanheceram ocupadas.
Xavier Delgado, presidente da Federação Estudantil de um desses colégios, disse que as ocupações são motivadas pela rejeição paralela à intenção de penalizar as mobilizações através de um projeto de lei de Ordem Pública, em trâmite no Parlamento.
A Rádio Bío Bío do Chile relatou que as Forças Especiais da Polícia desocuparam com gases lacrimogêneos o Instituto Superior de Comércio de Santiago, depois que foi ocupada por trinta estudantes.
A rádio também acrescentou que os jovens responderam à ação policial "com pedras, tintas e ovos”. Em seguida "fugiram e se refugiaram no Liceu Darío Salas, localizado em frente, que também permanece ocupado”, disse a emissora local.
Além disso, legisladores da oposição política e líderes do movimento estudantil acusaram o governo de incapacidade para escutar a população.
Segundo o senador do Partido pela Democracia, Guido Girardi, foi articulada uma campanha comunicacional por parte do Executivo para desvirtuar as demandas a favor do direito por uma educação gratuita e sem lucro para quem não pode pagar.
Ele alertou que diante das convocatórias do movimento estudantil as manifestações buscaram desviar o foco de atenção midiática para a violência, sem considerar os temas subjacentes.
"Rejeitamos a violência, mas repudiamos a atitude contrária ao diálogo, a ouvir a população”, enfatizou o legislador.
Disse que se devem investigar as suposições de montagem identificadas por líderes estudantis, pois casualmente em todas as marchas surgem os provocadores que "têm o mesmo interesse do governo, que seja a violência que ocupe as páginas e não o tema de fundo”, expressou Girardi.
A notícia é da PL

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