Adital
Estudantes do
ensino médio no Chile enfatizam aqui a tomada pacífica de instituições de
ensino, ao considerar que suas demandas são ignoradas pelo governo e o Poder
Legislativo. Os líderes estudantis apontaram que o Executivo ignorou as suas
reivindicações a favor de um sistema de ensino menos segregador e procedeu
favorecendo a majoritária composição de direita que prevalece no Parlamento.
Nesta sexta-feira,
no encerramento de uma semana de intensas mobilizações que resultou em prisões
em massa e denúncias de repressão policial, várias escolas de Santiago
amanheceram ocupadas.
Xavier Delgado,
presidente da Federação Estudantil de um desses colégios, disse que as
ocupações são motivadas pela rejeição paralela à intenção de penalizar as
mobilizações através de um projeto de lei de Ordem Pública, em trâmite no
Parlamento.
A Rádio Bío Bío do
Chile relatou que as Forças Especiais da Polícia desocuparam com gases
lacrimogêneos o Instituto Superior de Comércio de Santiago, depois que foi
ocupada por trinta estudantes.
A rádio também
acrescentou que os jovens responderam à ação policial "com pedras, tintas e
ovos”. Em seguida "fugiram e se refugiaram no Liceu Darío Salas, localizado em
frente, que também permanece ocupado”, disse a emissora local.
Além disso, legisladores
da oposição política e líderes do movimento estudantil acusaram o governo de
incapacidade para escutar a população.
Segundo o senador
do Partido pela Democracia, Guido Girardi, foi articulada uma campanha
comunicacional por parte do Executivo para desvirtuar as demandas a favor do
direito por uma educação gratuita e sem lucro para quem não pode pagar.
Ele alertou que
diante das convocatórias do movimento estudantil as manifestações buscaram
desviar o foco de atenção midiática para a violência, sem considerar os temas subjacentes.
"Rejeitamos a
violência, mas repudiamos a atitude contrária ao diálogo, a ouvir a população”,
enfatizou o legislador.
Disse que se devem
investigar as suposições de montagem identificadas por líderes estudantis, pois
casualmente em todas as marchas surgem os provocadores que "têm o mesmo
interesse do governo, que seja a violência que ocupe as páginas e não o tema de
fundo”, expressou Girardi.
A notícia é da PL
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