terça-feira, 30 de agosto de 2011

Após greve, professor sofre ameaça de exoneração em Juazeiro do Norte‏

Após greve, professor sofre ameaça de exoneração em Juazeiro do Norte

Militante do PSTU, Daniel Furtado foi um dos líderes do movimento e está sendo perseguido pelo prefeito, do PT


PSTU Juazeiro do Norte
 


• Durante 66 dias, os servidores municipais da saúde e da educação de Juazeiro do Norte (CE) estiveram em greve, lutando por seus direitos. Na pauta estava o cumprimento da Lei do Piso para a educação, reajuste de 30% para todos os servidores, reajuste específico para a educação de 15,85% referente ao repasse do FUNDEB para o município e a aplicação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da educação. Para a saúde a reivindicação era de melhores condições de salários, criação do PCCR da categoria e a implantação do adicional de insalubridade, já garantido pela justiça e que a prefeitura se recusa a aplicar.

Nesse período, várias foram as tentativas de negociação com o prefeito Santana (PT). No entanto a preocupação do mandatário era maior com os festejos do centenário da cidade do que com as reivindicações dos servidores. Depois de muitas passeatas, reuniões e inclusive de ocupação do prédio da prefeitura e da secretaria de educação, foram garantidas algumas reivindicações para os professores, dentre elas, reajuste de 9,44%, a aplicação da progressão do PCCR e a garantia de que não seriam descontados os dias parados nem haveria transferências imotivadas. Mas não foi isso que aconteceu.

Santana e o PT avançam na escalada do autoritarismo
Com o fim da greve, Santana deu sinal verde para o inicio de caça as bruxas aos servidores grevistas. Na linha de frente dos “processos de Moscou”, está o Professor Daniel Furtado, membro do diretório municipal do PSTU de Juazeiro do Norte. Depois da tentativa de transferir o professor de sua escola, rejeitada pela comunidade escolar, A Secretaria de Educação instaurou processo administrativo disciplinar alegando que Daniel estaria depreciando a imagem do gestor público municipal, além de incitar os alunos a participar do movimento grevista e liberava os alunos fora do horário habitual das aulas. O objetivo é claro: exonerar Daniel Furtado e intimidar os servidores municipais que decidirem se enfrentar em futuras empreitadas contra a prefeitura.

De fato o PT quer impor a lei da mordaça aos lutadores, os impedindo de denunciar os escândalos ocorridos na cidade nos últimos meses, em que Santana é suspeito de mandar agredir o jornalista Gilvan Luiz, além de ter sido cassado e reconduzido ao poder pelo governador Cid Gomes (PSB) que é seu aliado na repressão aos professores do estado em greve, sem contar a política de arrocho salarial aos servidores municipais e inclusive redução de salários impostas aos professores ano passado, revertida após uma radicalizada greve que sensibilizou a justiça e que obrigou o prefeito a devolver os descontos realizados. Parafraseando o que disse Dilma em seu discurso de posse, Santana prefere o silêncio das ditaduras ao barulho da imprensa livre.

O ataque que ora sofremos tem a ver com o fato de que nosso partido é oposição irreconciliável ao prefeito Santana e os seus aliados de plantão, sejam eles vindos da velha ou da nova direita. Nós do PSTU repudiamos a postura de Santana de tentar intimidar nosso militante, que possui moral inquestionável e é um defensor intransigente dos interesses dos trabalhadores da cidade, ao conrário dele, que passou de armas e bagagens para o outro lado da trincheira. Daniel Furtado é perseguido porque foi mais um que deu voz pública às angustias de professores do município e demais servidores que não suportam mais serem assediados nos seus locais de trabalho impunemente.

Chamamos todos os lutadores honestos a rechaçar a atitude de Santana e do PT ao perseguir as lideranças sindicais e os partidos de oposição e organizar a resistência contra mais este ataque fascista.

Moções de solidariedade a Daniel Furtado podem ser enviadas ao e-mail dbrujah@hotmail.com.

Lutar não é crime, é um direito!
Abaixo a perseguição a Daniel Furtado!
Pelo arquivamento do processo disciplinar!
Abaixo as retaliações contra grevistas!

TODA NAÇÃO TEM OS POLITICOS QUE MERECEM!!!!!!‏

 Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci?  do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas  nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos    sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

13. - Faz  "gato"  de luz, de água e de tv a cabo.

14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço   pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.

18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se  fosse pouco rodado.

21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos...

Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."

NOTA DE PESAR DCE/ UEVA


 

Jovens são feitos de sonhos! Sonhos que os levam a lutar, a rebelar-se contra aquilo que não faz bem a sociedade, sonhos que agradam aos pais, sonhos que satisfazem a si mesmos, os jovens são em seu todo sonhos!
E quando esses jovens buscam o melhor pra si, e quando esses jovens almejam sua formação, entram para a Universidade pública, isso sim é uma grande vitória num país de desiguais! O jovem entra no ônibus, enfrenta uma jornada de mais ou menos duas horas de viagem por não ter uma residência fixa na cidade onde existe a única Estadual da região Norte, esse jovem se desloca muitas vezes pagando o transporte para ter seu diploma de graduação, e nesse ínterim acontece um acidente, daqueles que interrompe a vida, daqueles que esmaga não somente as pessoas e sim seus sonhos, estraçalhando os corações das famílias, dos amigos que ficaram, dos professores e de todos aqueles que não conheciam quem partiu, mas que sente a dor de ver um jovem nordestino, universitário que não andará mais nos corredores da Universidade, que não encantará mais seus pais os coroando de orgulho, que não sorriram junto aos seus colegas nos intervalos entre as aulas.
É com o sentimento de pesar, é com dor no coração e é imaginando: “PODERIA TER ACONTECIDO COMIGO”  que nós do DCE combativo e sem amarras, enviamos nossas condolências aos familiares e amigos das nossas amigas que se foram. Que alguém se compadeça dos estudantes que enfrentam ônibus todos os dias por não poderem residir em Sobral, que Deus possa protegê-los, e que nós todos possamos superar inestimável perda.
Salientamos que essa tragédia possui relação direta com a falta de política de assistência estudantil (Restaurante e Residência Universitários) que garanta a permanencia dos estudantes da Universidade na cidade de Sobral. E tragédias como essas podem ocorrer enquanto os estudantes estiverem se deslocando diariamente de forma precária.

Diretório Central dos Estudantes-UEVA
“ É tão estranho os bons morrem jovens, assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora cedo demais... É tão estranho os bons morrem antes assim parece ser quando me lembro de você.”    Legião Urbana

Equipe da Rede Globo de Televisão está em Sobral

Uma equipe da Rede Globo de Televisão está em Sobral, desde a noite de segunda-feira, 29, para realizar mais uma gravação para o Profissão Repórter.
A cena escolhida para o quadro foi o atendimento hospitalar. E a equipe do Cacco Bacellos, que passou a manhã inteira na Santa Casa para produzir o material, acabou sendo beneficiada com o fato que aconteceu em que envolveu o ônibus com os estudantes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Por conta da presença da equipe, muitas foram as autoridades que se dirigiram para lá, para ver o trabalho. A facilidade da equipe ao hospital acabou por causar aborrecimento aos profissionais da cidade que vive o dia-a-dia da Santa Casa.
A equipe da Rede Globo estava já se preparando para dormir em um dos hoteis da cidade quando foi acionada pela equipe da Santa Casa para presenciar e registrar o atendimento as vítimas de um acidente de grande proporção.
O cenário de quem conhece a Santa Casa, adiantou que muita coisa foi maquiada para receber a equipe de Cacco Bacello. Com uma equipe de pronto atendimento nunca visto naquela unidade hospitalar. “Toda a frota do SAMU, médicos foram chamados fora da escala, até as viaturas do Ronda do Quarteirão e todo o efetivo da Guarda Municipal, ruas fechadas e escolta para cada ambulância que chegava, tinha médico de sobra, nem parecia a emergência das madrugadas que conhecemos, médicos e anestesistas que ficam até oito meses sem receber salário estavam trabalhando, comentou o repórter Wellington Macedo, num site de relacionamento.

SUGESTÃO DE SITE



 
A novidade do mês do site e blog "Diário da Profa Glauce" é o "Projeto Animais".
 
Indico ainda como temas do mês os Projetos "História do Brasil" e "Folclore", além do CD de áudio de "Músicas e Lendas do Folclore".
 
Tenho também uma pacote com 4 apostilas para EJA.
 
Visite meu site e blog para conhecer as demais apostilas e projetos que tenho para venda, material voltado para Educação Infantil, Fundamental I e EJA.
 

A desmoralização social da carreira docente

A desmoralização social da carreira docente

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ESCRITO POR ILAESE | 23 MAIO 2011

A desmoralização social da carreira docente
                                                      
Valerio Arcary, é professor do IF/SP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia), e doutor em História pela USP
Mais valem lágrimas de derrota do que a vergonha de não ter lutado.
Sabedoria popular brasileira
Qualquer avaliação honesta da situação das redes de ensino público estadual e municipal revela que a educação contemporânea no Brasil, infelizmente, não é satisfatória. Mesmo procurando encarar a situação dramática com a máxima sobriedade, é incontornável verificar que o quadro é desolador. A escolaridade média da população com 15 anos ou mais permanece inferior a oito anos, e é de quatro entre os 20% mais pobres, porém, é superior a dez entre os 20% mais ricos.1
São muitos, felizmente, os indicadores disponíveis para aferir a realidade educacional. Reconhecer as dificuldades tais como elas são é um primeiro passo para poder ter um diagnóstico aproximativo. A Unesco, por exemplo, realiza uma pesquisa que enfoca as habilidades dominadas pelos alunos de 15 anos, o que corresponde aos oitos anos do ensino fundamental. É verdade que o Brasil em 1980 era um país ainda em estágio cultural que só pode ser qualificado como primitivo que recém completava a transição histórica de uma sociedade rural para a urbanização. Mas, ainda assim, em trinta anos avançamos apenas três anos na escolaridade média.
 Os dados sobre desigualdades sociais em educação mostram, por exemplo, que, enquanto os 20% mais ricos da população estudam em média 10,3 anos, os 20% mais pobres tem média de 4,7 anos, com diferença superior a cinco anos e meio de estudo entre ricos e pobres. Os dados indicam que os avanços têm sido ínfimos. Por exemplo, a média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade se elevou apenas de 7,0 anos em 2005 para 7,1 anos em 2006. Wegrzynovski, Ricardo Ainda vítima das iniqüidades in O Pisa (Programa Internacional de avaliação de Estudantes) é um projeto de avaliação comparada. As informações são oficiais porque são os governos que devem oferecer os dados. A pesquisa considera os países membros da OCDE além da Argentina, Colômbia e Uruguai, entre outros, somando 57 países.
As razões identificadas para esta crise são variadas. É verdade que problemas complexos têm muitas determinações. Entre os muitos processos que explicam a decadência do ensino público, um dos mais significativos, senão o mais devastador, foi a queda do salário médio docente a partir, sobretudo, dos anos oitenta. Tão grande foi a queda do salário dos professores que, em 2008, como medida de emergência, foi criado um piso nacional. Os professores das escolas públicas passaram a ter a garantia de não ganhar abaixo de R$ 950,00, somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Se considerarmos como referência o rendimento médio real dos trabalhadores, apurado em dezembro de 2010 o valor foi de R$ 1.515,10. No caso de Ciências, o Brasil teve mais de 40% dos estudantes situados no nível mais baixo de desempenho. Em Matemática, a posição do Brasil foi muito desfavorável, equiparando-se à da Colômbia e sendo melhor apenas que a da Tunísia ou Quirguistão. Em leitura, 40% dos estudantes avaliados no Brasil, assim como na Indonésia, México e Tailândia, mostram níveis de letramento equivalentes aos alunos que se encontram no meio da educação primária nos países da OCDE. Ficamos entre os dez países com pior desempenho. O Brasil adulto é semiletrado, ou seja, pelo menos a metade da população não atribui sentido à palavra escrita.
Em outras palavras, o piso nacional é inferior ao salário médio das grandes regiões metropolitanas, apesar da exigência de uma escolaridade mínima que precisa ser o dobro da escolaridade média nacional. Nesse marco é possível compreender porque a carreira docente é tão pouco atrativa para os melhores alunos.
Já o salário médio nacional dos professores iniciantes na carreira com licenciatura plena e jornada de 40 horas semanais, incluindo as gratificações, antes dos descontos, foi R$1.777,66 nas redes estaduais de ensino no início de 2010, segundo o Ministério da Educação. Importante considerar que o ensino primário foi municipalizado e incontáveis prefeituras remuneram muito menos. O melhor salário foi o do Distrito Federal, R$3.227,87. O do Rio Grande do Sul foi o quinto pior, R$1.269,56. Pior que o Rio Grande do Sul estão somente a Paraíba com R$ 1.243,09, o Rio Grande do Norte com R$ 1.157,33, Goiás com R$ 1.084,00, e o lanterninha Pernambuco com R$ 1016,00. A pior média salarial do país corresponde, surpreendentemente, à região sul: R$ 1.477,28. No Nordeste era de R$ 1.560,73. No centro-oeste de R$ 2.235,59. No norte de R$ 2.109,68. No sudeste de R$ 1.697,41.

A média nacional estabelece o salário docente das redes estaduais em três salários mínimos e meio para contrato de 40 horas. Trinta anos atrás, ainda era possível ingressar na carreira em alguns Estados com salário equivalente a dez salários mínimos. Se fizermos comparações com os salários docentes de países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro as conclusões serão igualmente escandalosas. Quando examinados os salários dos professores do ensino médio, em estudo da Unesco, sobre 31 países, há somente sete que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 38. Não deveria, portanto, surpreender ninguém que os professores se vejam obrigados a cumprir jornadas de trabalho esmagadoras, e que a overdose de trabalho comprometa o ensino e destrua a sua saúde.
O que é a degradação social de uma categoria? Na história do capitalismo, várias categorias passaram em diferentes momentos por elevação do seu estatuto profissional ou por destruição. Houve uma época no Brasil em que os “reis” da classe operária eram os ferramenteiros: nada tinha maior dignidade, porque eram aqueles que dominavam plenamente o trabalho no metal, conseguiam manipular as ferramentas mais complexas e consertar as máquinas. Séculos antes, na Europa, foram os marceneiros, os tapeceiros e na maioria das sociedades os mineiros foram bem pagos. Houve períodos históricos na Inglaterra – porque a aristocracia era pomposa - em que os alfaiates foram excepcionalmente bem remunerados. Na França, segundo alguns historiadores, os cozinheiros. Houve fases do capitalismo em que o estatuto do trabalho manual, associada a certas profissões, foi maior ou menor.
A carreira docente mergulhou nos últimos vinte e cinco anos numa profunda ruína. Há, com razão, um ressentimento social mais do que justo entre os professores. A escola pública entrou em decadência e a profissão foi, economicamente, desmoralizada, e socialmente desqualificada, inclusive, diante dos estudantes.
Os professores foram desqualificados diante da sociedade. O sindicalismo dos professores, uma das categorias mais organizadas e combativas, foi construído como resistência a essa destruição das condições materiais de vida. Reduzidos às condições de penúria, os professores se sentem vexados. Este processo foi uma das expressões da crise crônica do capitalismo. Depois do esgotamento da ditadura, simultaneamente à construção do regime democrático liberal, o capitalismo brasileiro parou de crescer, mergulhou numa longa estagnação. O Estado passou a ser, em primeiríssimo lugar, um instrumento para a acumulação de capital rentista. Isso significa que os serviços públicos foram completamente desqualificados.
Dentro dos serviços públicos, contudo, há diferenças de grau. As proporções têm importância: a segurança pública está ameaçada e a justiça continua muito lenta e inacessível, mas o Estado não deixou de construir mais e mais presídios, nem os salários do judiciário se desvalorizaram como os da educação; a saúde pública está em crise, mas isso não impediu que programas importantes, e relativamente caros, como variadas campanhas de vacinação, ou até a distribuição do coquetel para os soropositivos de HIV, fossem preservados. Entre todos os serviços, o mais vulnerável foi a educação, porque a sua privatização foi devastadora. Isso levou os professores a procurarem mecanismos de luta individual e coletiva para sobreviverem.
Há formas mais organizadas de resistência, como as greves, e formas mais atomizadas, como a abstenção ao trabalho. Não é um exagero dizer que o movimento sindical dos professores ensaiou quase todos os tipos de greves possíveis. Greves com e sem reposição de aulas. Greves de um dia e greves de duas, dez, quatorze, até vinte semanas. Greves com ocupação de prédios públicos. Greves com marchas.
Conhecemos, também, muitas e variadas formas de resistência individual: a migração das capitais dos Estados para o interior onde a vida é mais barata; os cursos de administração escolar para concursos de diretor e supervisor; transferências para outras funções, como cargos em delegacias de ensino e bibliotecas. E, também, a ausência. Tivemos taxas de absenteísmo, de falta ao trabalho, em alguns anos, inverossímeis.
Não obstante as desmoralizações individuais, o mais impressionante, se considerarmos futuro da educação brasileira, é valente resistência dos professores com suas lutas coletivas. Foram e permanecem uma inspiração para o povo brasileiro.

Ocupações de REItorias e Greves pelo Brasil mostram o caminho a seguir para unificar trabalhadores e estudantes!


A Educação brasileira vive um momento chave. O Governo Dilma/PT já cortou 3,1 bilhões da Educação Pública, apresentou o novo Plano Nacional de Educação – PNE (2011-2020) que prevê transformar em política de Estado programas de repasse de verbas para a iniciativa privada (tal como o PROUNI), de expansão precarizada nas universidades (REUNI), assim como as provas anti-democráticas (ENADE e ENEM). Além disso, o novo PNE irá criar o PRONATEC, que funcionará tal como um Prouni, só que voltado às escolas técnicas - financiando e dando isenção de impostos às instituições privadas do ensino técnico, principalmente via sistema “S” (SESC, SENAI etc.).

Desde o início desse ano diversas greves de trabalhadores da Educação pipocaram pelo país. Atualmente os servidores técnico-administrativos (em cerca de 50 universidades federais), os trabalhadores dos institutos federais de ensino (em cerca de 20 estados) e diversas categorias das redes estaduais estão em greve. Em algumas universidades os professores já entraram em greve e em 20 universidades estão com indicativo de greve. Processos de unificação das lutas entre professores, servidores e estudantes estão ocorrendo na UFPR e na UNIFESP, além de processos de luta como em Fortaleza, onde unificaram-se (em manifestação do dia 16 de agosto) estudantes e trabalhadores da Educação da rede federal, estadual e municipal. A maioria destas mobilizações e greves, porém, são dirigidas pelos governistas (CUT e PT) e para-governistas (PSTU e PSOL) o que tem dificultado seu desenvolvimento.

Nos últimos dias, diversas Reitorias já foram ocupadas pelos estudantes: IFBA (22/08), UFSC (25/08), UFF (25/08), UFPR (26/08, ocupada por estudantes, professores e servidores), UFES (26/08) e UEM (25/08, cuja Ocupação foi batizada de “Manuel Gutierrez Reinoso”, estudante morto recentemente no Chile). Basta dar uma lida nas pautas de reivindicações de todas elas para vermos que o corte orçamentário e as políticas neoliberais (REUNI, Prouni, Fundações Privadas etc) do Governo Lula-Dilma já demonstram suas conseqüências diretas para as universidades públicas que sofrem com o sucateamento de suas estruturas e assistência estudantil. Insuficiência no atendimento do Restaurante Universitário, na Casa do Estudante, falta de salas de aula, de professores, de cadeiras, falta de bolsas são algumas das realidades que motivaram os estudantes para as lutas e ocupações de REItoria.

As entidades governistas (UNE e UBES) não estão participando em nenhum destes processos de mobilização. A UNE cumpre seu papel de tropa de choque do projeto neoliberal para a educação brasileira. Os para-governistas do PSTU/ANEL mantêm sua política de “unidade” com o Governo convocando a UNE para a “luta”.

A RECC alerta a todos os estudantes combativos pelo Brasil afora, que neste momento estão construindo ocupações e greves, a não caírem no “canto de sereia” e no discurso aparentemente “radical” do PSTU (ANEL) e PSOL (esquerda da UNE). A última onda de ocupações de REItorias em 2007 é emblemática quanto ao papel que tiveram os para-governistas: Para garantir a “unidade” com a esquerda da UNE o PSTU votou durante várias assembléias pela desocupação da Reitoria da USP (na época, a principal ocupação). No atual momento a bandeira da ANEL é os “10% do PIB para Educação” e seu método é mais um plebiscito legalista. A RECC participou da Plenária Nacional do ANDES (24/08) defendendo como mote central a construção da Greve Geral na Educação ao contrário dos setores para-governistas que propuseram um falido plebiscito. Aos estudantes combativos cabe a tarefa de defender a unificação das lutas estudantis e proletárias pelo método da ação direta e o enfrentamento (nas ruas, greves e ocupações) com o Governo Dilma/PT, tendo como objetivo a construção da GREVE GERAL na Educação.

TODO APOIO AS OCUPAÇÕES DE REITORIAS!
CONSTRUIR A GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!
ABAIXO O CORTE NA EDUCAÇÃO E O PNE NEOLIBERAL!
POR UMA UNIVERSIDADE POPULAR!


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Ato Unificado em Fortaleza (estudantes e trabalhadores da Educação da rede federal, estadual e municipal):

http://www.youtube.com/watch?v=dhx7AczleO8&feature=player_embedded

Ocupação da Reitoria da UEM:

http://www.youtube.com/watch?v=l2Z64RcfLh0&feature=player_embedded


Vídeo feito pelos estudantes da UEM:

http://www.youtube.com/watch?v=c3dToZFcF-g&feature=player_embedded


Ocupação da Reitoria da UFSC:

http://www.youtube.com/watch?v=33Q8VBZBgMQ&feature=player_embedded


Ocupação da Reitoria UFES:
 
http://www.youtube.com/watch?v=JLV1psl-utk&feature=player_embedded


WWW.REDECLASSISTA.BLOGSPOT.COM

NOTA: “A DIGNIDADE DOCENTE: UM PRINCÍPIO DE JUSTIÇA SOCIAL E DE CIVILIZAÇÃO HUMANA”‏

“A DIGNIDADE DOCENTE: UM PRINCÍPIO DE JUSTIÇA SOCIAL E DE CIVILIZAÇÃO HUMANA”

O governo do estado vem impondo sumariamente uma política de desvalorização docente de maneira desrespeitosamente escancarada.
Os baixos salários dos professores da rede estadual de ensino fundamental e médio; as destituições dos direitos adquiridos; o aumento da carga horária de trabalho; a morosidade no sistema oficial que delega sobre os direitos funcionais; a negligência em relação às necessidades básicas de funcionamento das universidades estaduais, contratando professores temporários (colaboradores e substitutos) e pessoal técnico-administrativo terceirizado em detrimento da formação de um quadro efetivo de professores e funcionários através de concurso público associados às más condições materiais de trabalho e a falta de assistência estudantil, não só denunciam o doloroso processo de precarização do magistério como, também, revela gritantemente o esforço da política estadual em inviabilizar um projeto de uma universidade/escola pública e gratuita de qualidade, com condições de cumprir plenamente com sua real função social.
A recente postura arrogante e despótica do “ame-o ou deixe-o” (mera coincidência?!) do representante maior do governo estadual diante do movimento reivindicatório dos professores, me faz evocar o pensamento de Nicholas Roerich, que em um momento de seu trabalho “O prazer de servir” diz o seguinte:
 “É uma vergonha, quando em um país os professores vivem na pobreza e na necessidade. É uma vergonha para aqueles que sabem que seus filhos estão sendo ensinados por alguém que passa pela dificuldade. E não é somente vergonhoso, quando a nação não cuida dos mestres de sua futura geração: é um sinal de ignorância. Pode-se confiar crianças e jovens a um professor que esteja em depressão? Pode-se esquecer que emanação se cria pelo sofrimento? Pode-se ignorar que o espírito deprimido não evocará o entusiasmo? Pode-se esperar das crianças e jovens a iluminação do espírito, se uma escola for lugar de humilhação e ofensa? As pessoas que esqueceram do professor esqueceram do seu próprio futuro. O professor deveria ser a pessoa mais valiosa nas instituições da nação”.
Faço das palavras de Roerich as minhas, e digo: que ignorância vergonhosa! Que soberba medíocre! Que insensatez vexatória? E acrescento mais, que estamos vivendo um momento em que a palavra “crise” tornou-se o mais “novo clichê” para a dissimulação dessa política globalizante neoliberal ditado pelos grandes especuladores financeiros. E os governantes e administradores institucionais, beneficiários que são e, portanto, eficazes porta-vozes executores dessa política, reproduzem com rigor essa cínica falácia.
Sempre haverá “crise” onde há injustiça social, e a destruição da dignidade docente é uma das piores injustiças, pois possui caráter amplificador de um perverso “efeito dominó”, indo desde a humilhação cotidiana individual da desvalorização profissional ecoando, incessantemente, até às relações históricas hodiernas e futuras de nossa nação que perde, cada vez mais, o respeito pelo professor e pela escola, e o apreço pelo conhecimento como emancipação social. É por isso que as reivindicações docentes não podem ser reduzidas à classificação de “corporativistas”. Toda reivindicação que alce a dignidade do professor é, antes de mais nada, uma luta pela cidadania das gerações atual e futura, um passo a mais na civilidade e na civilização humana.
           Lembro que no II Fórum Social Mundial – FSM, realizado em fevereiro de 2002, na cidade de Porto Alegre, o tema da Educação foi amplamente debatido, deliberando-se várias propostas, dentre elas a do professor e, então, presidente do Sindicato Nacional de Ensino Superior da França, Jean-Paul Lainé, que propôs a criação de uma frente internacional de professores para resistir à intervenção do Fundo Monetário Internacional – FMI, nas políticas educacionais dos países, pois esse fenômeno vem acontecendo não apenas na América Latina e nos países pobres, mas também em nações ricas com tradição em educação pública de qualidade. E o saudoso romancista português, José Saramago (Prêmio Nobel de literatura de 1998), encerrou o referido Fórum afirmando que “Hoje, os movimentos de resistência e a ação social são os sinos que pugnam pelo estabelecimento de uma nova justiça”. Afirmação essa, há tempos atrás antecipada por Dom Pedro Casaldáliga, que disse: “É o momento de dar valor ao sindicato, aos movimentos populares, às ações associativas. São essas as instâncias capazes de superar não apenas a crise, mas todo um modo de vida que não corresponde às expectativas reais dos seres humanos de verdade”.
         Nós professores, trabalhadores da educação, que fazemos por meio do ensino a construção-transformação da sociedade em que vivemos, apesar das dificuldades institucionais e organizativas, estamos lutando contra essa crescente desqualificação do magistério. Um Ensino Público, Gratuito, Democrático e de Qualidade é a vontade maior que aciona a nossa força de resistência e legitima a imprescindibilidade das nossas demandas trabalhistas.
Toda vontade consciente é a crença assimilada em si mesmo, não é à toa que comumente falamos “a força de vontade”, pois dela emana capacidade de transformação ...
“O homem que emancipa completamente a sua vontade consegue daí por diante criar a si mesmo, dominando as suas faculdades e seu futuro, apesar das limitações históricas de sua época. Já o homem que não consegue realizar essa grande obra dentro de si nunca conhecerá o espírito da vida ... a crise atual é política e individual, não dá para solucioná-la só de um dos lados da balança ... A capacidade renovadora desse duplo esforço da vontade, no plano individual e no plano coletivo, para mim é uma verdade não dogmática, e eu creio plenamente nela.” (historiador Victor Leonardi, em seu livro “Jazz em Jerusalém”).
O SINDIUVA (SS ANDES) se solidariza e coparticipa ativamente das lutas travadas pelos(as) companheiros(as)/colegas professores(as) da rede estadual de ensino fundamental e médio, professores(as) e funcionários(as) dos institutos federais e da UFC (Campus de Sobral), pois fazem parte do mesmo contexto político de lutas empreendidas pelos(as) professores(as) e estudantes da UVA e, por isso, compartilhamos da mesma força de vontade consciente e organizada que batalha por INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO, DEMOCRÁTICAS, GRATUITAS E DE QUALIDADE!

Isorlanda Caracristi
Presidente do Sindicato dos Docentes da
Universidade Estadual Vale do Acaraú – SINDIUVA (SS ANDES)

Comentários de um GAY sobre o movimento patrocinado pela Rede Globo!‏

Tenho 42 anos, sou gay, torcedor do cruzeiro, advogado e moro em Londres

 
Nunca sofri nenhum tipo de discriminação em virtude de minha orientação sexual.
 
E como gay, penso que tenho alguma autoridade nesse assunto.
 
 
Primeiramente - e já contrariando a turba - gostaria de expressar minha sincera simpatia pelo Deputado Bolsonaro, que no fundo deve ser uma pessoa de uma doçura ímpar, apesar de suas manifestações "grosseiras e/ou politicamente incorretas".
 
Mas ele está corretíssimo em suas ponderações sobre as ideais dos gays brasileiros.
 
Vou direto ao assunto.
 
Nunca tive problemas em ser homossexual porque sou uma pessoa comum, quase igual à vida de qualquer heterossexual. 
 
Esse negócio de viver a vida expressando diuturnamente sua sexualidade é uma doença.
 
A sexualidade é algo que se encontra na esfera da intimidade e não diz respeito a ninguém.
 
Não tenho trejeitos e não aprecio quem os tem.
 
Para mim, qualquer tipo de extremo é patológico.
 
Minha vida é dedicada e focada em outras coisas, principalmente o trabalho.
 
Outros, como doentes que são, vivem a vida focados na sexualidade
 
O machão grosseiro e mulherengo ou a bicha louca demonstram bem estes extremos. 
 
Qualquer tipo de pervertido ou depravado (como a Preta Gil), o pedófilo, estão neste mesmo barco.
 
Nunca fui numa parada gay  e jamais irei, pois para mim aquilo é um circo de loucas horrorosas, uma apologia à bizarrice e à cocaína.
 
Sejam francos e falem a verdade!
 
Hoje aplaudimos o bizarro e a perversão doentia e ainda levamos nossos filhos pra assistir esses desfiles.
 
Se a parada gay realmente fosse um ato político, relembrando sua real importância histórica, muita bem caberia no carnaval - abrindo o desfile das escolas de samba. Muito mais apropriado.
 
Está rolando sim, um movimento das bichas enlouquecidas, no sentido de transformar o mundo num grande puteiro-hospício gay.
 
Eu tenho um sobrinho de 11 anos e nunca senti a necessidade de explicar para ele que o "titio é gay" - isto é uma palhaçada.
 
As crianças devem ser educadas no sentido de respeitar o próximo e ponto.
 
Isto engloba tudo.
 
Se pararmos para olhar como o mundo se encontra, temos que reconhecer que o modelo de educação que se desenvolve há décadas foi criado no sentido de deseducar e desestruturar cultural e intelectualmente as massas. 
 
Universidades por todo mundo vomitam milhões de pseudos-intelectuais todos os anos, mas tudo piora a cada dia e caminhamos a passos largos para o buraco.
 
Todos os governos do mundo conspiram contra seus próprios cidadãos e se transformaram em grandes máfias, junto com os Bancos e as Corporações estão levando tudo, inclusive (e principalmente) nossa própria humanidade. 
 
A corrupção se alastra pelo globo e nunca vimos tantas guerras e descrições que vão desde o aspecto moral, até o material - a destruição de nosso próprio planeta.
 
A coisa está tão feia, mas tão feia, que somente uma intervenção "divina" é capaz de frear nossos insanos governantes e a turba alucinada.
 
 
E digo mais !

A fonte desse movimento encontra-se dentro da Rede Globo, onde a viadagem anda solta, desde muito tempo atrás.

Percebe-se um interesse enorme no crescimento desse movimento gay por essa TV desumana, a Globo,  que no fundo no fundo, incita as crianças e jovens a assumirem um lado feminino, que em tese, às vezes nem existe de fato.
  
 
Se ninguém disser um chega BEM ALTO a essa gayzada frenética, a coisa sairá dos limites - como já está saindo. 
 
Essa é a expressão de milhares e milhares de pessoas, para não dizer milhões.
 
 
Os gays precisam de amor e compreensão, não de fanatismo apregoado pelas bichas ensandecidas. 
 

Nota de Luto e Pesar



O Diretorio Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVA, decreta LUTO pelo falecimento de:

Maria Vanessa Gomes - Estudante do curso de Letras
Silvana Rufino - Estudante do curso de Filosofia

Vítimas do terrível e lamentável acidente de transito nesta segunda feira (29) envolvendo o ônibos que,segundo perícia e relatos, estava a 120k/h e transportava estudantes universitarios da cidade de Acaraú, que estavam indo à aula no turno da noite, para Sobral. Lamentamos e deixamos nosso apóio também para todos os que estavam no ônibos, e um real PESAR para familiares e amigos de Vanessa Gomes e Silvana Rufino.

Sobral,30 de agosto de 2011

A GREVE DOS PROFESSORES: Para refletir... vale a pena‏

Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 16:35

Por prof. Carlos Carvalho

Leio nos jornais, que os juízes poderão entrar em greve. Reivindicam aumento salarial que, se conseguido, aumentará um mísero salário de R$ 26 mil para uns parcos R$ 30 mil. Alguém em sã consciência acha que eles não conseguirão o tal aumento? Ou será que sua greve será declarada ilegal?
O referido episódio me vem à mente, quando os professores da rede estadual de ensino do Ceará optaram por paralisar suas atividades na luta por melhorias salariais e melhores condições de trabalho. O governador do Estado, que pertence a um partido dito “socialista”, afirma que não haverá negociação; o que nos parece por demais estranho, uma vez estarmos numa democracia. E, dizem, que quando não temos muito em que pensar, acabamos pensando coisas à toa. Como não sou o Eike Batista (aquele a quem o Ceará vende água a preço de banana, enquanto vários cearenses não têm acesso ao precioso líquido) e como tal não perdi R$ 2 bilhões na bolsa, fico pensando em coisinhas. Por exemplo, penso onde estudam os filhos do excelentíssimo senhor governador, da secretária de educação? Como disse, pensamentozinho à toa, pois não tenho o menor interesse em saber. Sei, contudo, que, se crianças, não estudam nas escolas públicas, que caem aos pedaços. Se mais jovens, não estudam na Universidade Estadual do Ceará - UECE, vítima da inépcia e do descaso de sucessivos governantes. Certamente ajudam a encher os cofres de instituições privadas nacionais ou estrangeiras. Aos que não são da “family” (ASSISTA o video das férias da família Ferreira Gomes no youtube) resta aqui e ali um curso técnico. Para que pobre com nível superior, não é mesmo, Senhor Governador?
Dizem que no Butão, o rei sempre se curva na presença de professores. É uma maneira de o soberano mostrar aos seus súditos a importância da educação. A importância dos mestres. No Ceará, conforme o jornal O povo do dia 24/08/11, os professores organizaram um protesto e foram recebidos pelo batalhão de choque da polícia militar. Longe de querer comparar o Butão com o Ceará. Enquanto lá eles já trabalham com a FIB (Felicidade Interna Bruta), aqui ainda baseamos nossa vida no PIB (Produto Interno Bruto), no “prendo e arrebento” da ditadura, maquiada de democracia.
Os filhos dos nossos governantes não precisam da minha (nem da sua) preocupação. São bem nascidos e já estão muito bem encaminhados na vida. Minha preocupação, no entanto, é com os severinos e as severinas que moram lá nas brenhas. Aquelas criaturinhas miseráveis que nunca andaram nem de avião nem de
limusine e que, muito provavelmente, jamais irão à Nova York com sua “family” (incluindo suas futuras sogras). Como naquele poema, tudo que conhecem é o beco. Na falta do carro pau de arara, nada de escola. Na falta da escola, nada de merenda, nada de comida, nada do mínimo que já não possuem. Mas quem se importa se os nossos mestres recebem um salário ridículo. “O que importa é o que já não importa o que importa”. Quem se importa com as desocupações das casas daqueles que terão que sair do caminho, para não enfear a cidade à espera da Copa de 2014? Atitude semelhante fez o autoritário governo chinês ao receber os últimos jogos olímpicos.
Aqueles que deveriam trabalhar para e pelo povo querem mais é que o povo se exploda. Esse povinho sem modos, pobre e feio que não é da “family”. Esse mesmo povinho que nunca foi a São Paulo Fashion Week, nem pode passar férias no circuito Paris - Nova York – Tóquio – Milão. Para esse povo um aquário basta. Mesmo que esse povo não queira um aquário. Mesmo assim terão que pagar por aquilo que não precisam. Tem sido assim nas democracias modernas.
O governo “democrático” do Ceará deveria se envergonhar da miséria que paga aos seus professores. Mas querer que político tenha vergonha é querer demais. Espero que os professores mantenham a greve e que a eles se juntem seus alunos e suas famílias. Corre-se o risco de, em alguns dias, a justiça considerar a greve ilegal. Greve de motorista, professor, policial é quase sempre declarada ilegal. É assim que tem se portado a justiça por essas bandas. Justiça com dois pesos e duas medidas. Ou seja, quando não falta, demora. E, conforme Rui Barbosa, justiça que atrasa não é justiça. Mais um pensamentozinho à toa: Se quem ganha R$ 26 mil está reclamando, imagine quem ganha R$ 1.800,00.
O jornal O Povo do dia 06/08/11 trouxe a seguinte notícia: “Cid e aliados debatem um “projeto socialista” para Fortaleza”. É um socialismo made in China? Alguém aí precisa explicar ao chefe do executivo e aos seus aliados o significado do termo socialista, pois as ações e tomadas de decisão desse governo estão mais para o autoritarismo do que para qualquer coisa que objetive o bem estar da população menos favorecida, incluídos aí os severinos e severinas que estão sem aula e sem comida. Mas quem se importa?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO 1° SEMESTRE DE 2011

CAIXA EM JANEIRO DE 2011
R$ 542,27
Saída 
1 Cartucho para impressora  R$44,90
2 recarga de cartucho R$ 20,00
Folhas de papel A3 R$0,80
Cópias R$ 28,80
Mototáxi para Dani ir a Xerox  R$ 4,00
120 envelopes  12,00
Cópias 40,00
Materiais escolares para C.A R$75,40
Impressões R$ 1,50
Xerox R$ 4,80
Cópias para chapa 3  R$ 40,00
Cabo para caixa de som  R$ 15,00
lanche chapa 3 R$ 5,00
Almoço chapa 3 17,00
Gasolina para idas e voltas   R$ 17,00
Impressão 1° R$ 4,00
Total de gastos: R$330,20
Caixa atual - total:R$ 542,27 + R$330,20 =  R$212,07

Entrada na 3° semana de Pedagogia R$ 3.921,00
Caixa atual + entrada = R$212,07 + R$ 3.921,00=  R$ 4133,07(CAIXA ATUAL)

Saída
Banners R$160,00

700 adesivos R$455,00
Vinheta pedagofest   R$30,00
Água para palestrante  R$33,00
Palestrante R$267,00
Segurança pedagofest  R$36,00
Banda pedagofest  R$700,00
Camisas R$1.308,00
Pizza comissão R$9,50
Passagem para estudantes(Estadual Quixadá) R$595,00
Refeições em Quixadá R$200,00
Transferência de dinheiro R$8,00
Bateria do violão para Recepção dos calouros R$2,00
Goma para recepção  R$25,90

Total de gastos: R$ 3828,90
Caixa atual - total de gastos = R$ 304,17


CAIXA ATUAL:  R$ 304,17

Professores estaduais e alunos fecham avenida em frente à Assembleia Legislativa e mais Povo líbio derruba ditador Kadafi, que está desaparecido

Professores estaduais e alunos fecham avenida em frente à Assembleia Legislativa

Professores fecharam parte da avenida Desembargador Moreira (Foto: Iana Soares)
Professores estaduais de várias partes do Estado, em greve há 20 dias, fizeram uma grande manifestação na manhã desta quinta-feira, 25, Dia D da Educação. Os docentes receberam apoio de pais estudantes, que também aderiram ao movimento.

O grupo se concentrou na Praça da Imprensa, no Dionísio Torres, e seguiu em passeata até a Assembleia Legislativa de Fortaleza, com faixas, cartazes, tambores e realizando apitaço. Os manifestantes bloquearam parte da avenida Desembargador Moreira, em frente à Assembleia.

Uma comissão de professores foi recebida pelo presidente da Assembleia, deputado Roberto Cláudio, e pelo líder do Governo da Casa, Antônio Carlos. O grupo está reunido neste momento para conversar sobre as reivindicações da categoria. Os professores querem barrar a votação de uma mensagem do Governo do Estado que altera a tabela de remuneração dos docentes e seria votada pelos deputados. De acordo com o deputado Antônio Carlos, o Governo desistiu da matéria.

Na noite desta quarta-feira, 24, os professores foram recebidos em audiência pelo governo do Estado, representado pelo chefe de gabinete da Casa Civil, Ivo Gomes, além dos deputador Roberto Cláudio e Antônio Carlos, mas não houve avanços nas negociações. De acordo com o sindicato, Ivo Gomes informou que a posição do governo é de não negociar enquanto os professores estiverem em greve.

Fonte: Redação O POVO Online
 
 
 
 

Povo líbio derruba ditador Kadafi, que está desaparecido

Latuff
Essa é uma luta árdua. Já faz seis meses desde o início da insurreição popular contra a ditadura de Muamar Kadafi. Mas, agora, os rebeldes ocupam as ruas da capital Trípoli e, tudo indica, obrigaram a fuga do ditador, que está procurado, para que não promova nenhum contra ataque.

Segundo a BBC Brasil, testemunhas afirmam que centenas de rebeldes invadiram o complexo de prédios em Bab al-Azizia, uma das poucas áreas que aparentemente ainda estavam sob controle do regime, e considerado como sua fortaleza.

Ainda segundo a BBC, uma rádio ligada aos oposicionistas, informava que a bandeira tricolor utilizada pelos rebeldes foi hasteada no complexo governamental, no lugar do pavilhão verde utilizado pelo regime de quatro décadas. A notícia, entretanto, ainda não é confirmada.

Ao que parece houve pouca resistência às tropas anti-kadafi até mesmo quando os combatentes tomaram o quartel da então temida brigada Khamis, formada por soldados de elite, que fugiram. Foram meses de lutas, para um desfecho iniciado no final de semana, que surpreendeu a muitos.

Para tal houve o apoio aéreo da Otan, para conquistarem a cidade petrolífera de Brega, cujo controle havia mudado de mãos sucessivas vezes durante a guerra. Tomaram também a cidade estratégica de Zawiya, o que isolou a capital e as forças pró-Kadafi, enquanto outras cidades mais próximas também caíam e o cerco se acirrava.

Apoio popular e esgotamento das forças militares de Kadafi podem ter sido decisivos para a tomada da capital, minando por dentro a resistência do ditador. O porta-voz dos rebeldes, Ahmed Omar Bani descreveu à imprensa, ainda no dia 20, o ânimo da população das cidades vizinhas à Trípoli. “Os moradores quebraram a barreira do medo e começam a nos ajudar, com coquetéis Molotov, bombas caseiras e armas”, disse.


Em Benghazi, centro da rebelião líbia, e na histórica Praça Verde, onde Kadafi realizava seus comícios na capital, rebeldes e a população se encontravam para comemorar a queda do ditador.

Há seis meses quando a revolta do povo tomava as ruas da Líbia, a resposta de Kadafi foi uma brutal repressão com milhares de mortos. A determinação e a perseverança dos rebeldes provocam o primeiro desfecho dessa luta, que vem no esteio das revoluções árabes como Tunísia, Egito e Síria.

Se no começo desse processo os rebeldes rechaçavam qualquer tipo de intervenção estrangeira, contaram com ajuda da OTAN. Mas é necessário que percebam que não foi uma simples ajuda. A intervenção da Otan pretende controlar a revolução líbia e cooptar o Conselho Nacional de Transição, a direção política dos rebeldes. Por isso, é necessário não aceitar essa intervenção e tomar essa luta com as próprias mãos, para garantir a independência do imperialismo.

Mas qual será o futuro da Líbia? Apesar da ação da Otan, concretamente estão sendo os rebeldes que ocupam Trípoli. A direção do Conselho de Transição já informou que não permitirá a permanência de bases da Otan no país pós-Kadafi. Por outro lado, as multinacionais já se articulam. Em negociação com o governo provisório, a italiana Eni já enviou técnicos ao país para restabelecer plenamente a produção de petróleo.

Com Kadafi fora de cena, abrem-se duas perspectivas ao país. Continuar com um governo pró-imperialista, ou avançar a revolução, superando a atual direção do conselho e expulsando a Otan do país para tornar a Líbia de fato independente.

Fontes: BBC Brasil e Opinião Socialista
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

NOTA ZERO PARA VOCÊ GOVERNADOR, GOVERNE VOCÊ O ESTADO POR AMOR !!!

 NOTA ZERO PARA VOCÊ GOVERNADOR, REPROVADO !!!! 


GOVERNE VOCÊ O ESTADO POR AMOR, FINAL DO MÊS AS CONTAS CHEGAM!

CORDEL PARA CID (Autor: Prof. Francinilto Almeida - Tabuleiro do Norte-CE)


CORDEL PARA CID
(Autor: Prof. Francinilto Almeida - Tabuleiro do Norte-CE)

1.
Em discursos de políticos
Há certas prioridades
Dentre as quais EDUCAÇÃO
Incluem essas “beldades”
Mas o que se vê de fato
É um grande desacato
Recheado de maldades.

2.
O Piso do Magistério
Como Lei Nacional
Surgiu em 2009
Regra Constitucional
Mas alguns governadores
“Amigos” dos professores
Buscaram o Tribunal.

3.
Entretanto o STF
Com visão mais ampliada
Disse “Não!” aos “amiguinhos”
Daquela grande empreitada
O Piso Salarial
Já é Lei Nacional
Precisa ser respeitada.

4.
Mas não é isso o que vemos
Garanto, posso afirmar.
Sou professor e me negam
Essa Lei tão exemplar
São interesses mesquinhos
Desses nossos “amiguinhos”
Que brincam de governar.








5.
Dos Estadosdo Nordeste
É somente o Ceará
Que desobedece o Piso
E fica no deus-dará
Pois o Sr. Cid Gomes
É um dos ilustres nomes
Que contra essa Lei está.

6.
E como se não bastasse
Andando na contramão
Ele fica com gracinhas
Sem a menor atração
Nem percebe o desmantelo
Devido à falta de zelo
Com a “pobre” Educação.

7.
Nunca se viu nesse Estado
Um jogo tão inclemente:
Dividiu-se a Escola Pública
Da forma mais indecente
Uns são privilegiados
Ricamente bem tratados
Inscrição: SOU COMPETENTE.

8.
No lado esquerdo, porém
Estão os discriminados...
Tentaram, fizeram testes...
Mas foram, sim, reprovados.
Então não podem tocar
Desse mais fino manjar
Dos “deuses” bem educados.

9.
E são dois tipos de IMPOSTOS?
Eu me ponho a perguntar.
Por que este é escolhido
Sem que aquele possa entrar?
Uns têm muitas regalias
Sentem-se reis em folias,
Outros vivem a penar.


10.
Denuncio com firmeza
Esse abuso insolente
Minha escola, lado-a-lado
De uma ESCOLA COMPETENTE
Não temos quadra, sequer
Nós somos, sim, da ralé
Inscrição: INCOMPETENTE.

11.
Será que existe algum pai
Alguma mãe tão sofrida
Que não queiram profissão
Nessa amargurada vida
Para os seus filhos amados
De novo assim massacrados
Por uma regra indevida?

12.
Isso tudo só se dá
Para efeito camuflado
Pois nosso Governador
O que quer é resultado
As escolas oprimidas
Por certo serão supridas
Pelas do “recheio” amado.

13.
Não somos contra as escolas
Que ensinam a profissão.
Estamos insatisfeitos
Com a discriminação
Os direitos são iguais
Ninguém é menos nem mais
Em termos de educação.

14.
Além dessas injustiças
Sem cumprir a Lei do Piso
O professor corre o risco
De também perder o siso
Pois nosso Governador
Aumentando a nossa dor
Acha mesmo que é preciso.


15.
“Ensina quem tem amor”
“Nem carreira existiria”
“Por que fizeram concurso?”
São frases de maestria
Que o nosso Governador
Com carinho e com amor
Solta a plena luz do dia.

16.
E Vossa Excelência diz:
“Ensina quem tem amor...”
Pois é isto o que não falta
Na vida de um professor
O que falta é dignidade
Por parte da autoridade
Isto, sim, Governador.

17.
Não sabe Vossa Excelência
A rotina que mantém
Um professor que se preza
Na carreira que convém
Somente com muito amor
Mesmo com o Governador
Sugando o pouco que tem.

18.
Esse desprezo que vemos
Com palavras tão cruéis
Mostra a sua ingratidão
Com profissionais fiéis
Pois professor é amigo
É pai, é mãe é abrigo...
São muitos os seus papéis.

19.
São eles no dia a dia
Dando exemplos de bondade
Moldando comportamentos
Encaminhando à verdade
Ensinando o bem viver
Fazendo o país crescer
Erguendo a humanidade.


20.
Vossa Excelência não sabe
A sobrecarga que tem
Uma professora-mãe
Guerreira como ninguém
Depois de longa jornada
Assiste à família amada
Disposta como convém.

21.
Quantos professores vivem
Sem dispor de um bom lazer
Pois são tantas as tarefas
Restando para fazer
Isto porque nossas leis
Não nos dão a voz e vez
Para o quadro reverter.

22
Quem é que nesse mundo
Progride sem professor?
Que mundo pode existir
Sem a profissão do amor?
Será que Vossa Excelência
Nunca sofreu influência
De um deles, Governador?

23.
Nós queremos mais respeito
Com a nossa profissão
Ela é quem muda os rumos
Dessa e de qualquer nação
Só alguém estabanado
Olha bem desconfiado
Pra SENHORA EDUCAÇÃO.

24
Elarege o Universo
Faz conquistas envolventes
Muda qualquer panorama
Deixa as coisas diferentes...
Se não há educação
Não existe evolução
Seremos, sim, indigentes.


25.
Será que é muito difícil
Perceber nosso valor?
Educação é a base
Digo isso aonde eu for
Sem a nossa profissão
Não existia outra,não
Sequer de Governador.

- FIM -