sábado, 25 de setembro de 2010

Reforma Universitária: quem ganha, quem perde?

Uma minoria ganha, a grande maioria perde. Esta é a resposta para a pergunta-título do presente texto. A resposta de antemão, no entanto, pressupõe a sua fundamentação. A proposta de reforma universitária do Governo Lula tem fundamentos, características e conseqüências de grande alcance social e expressa uma determinada forma de compreender o papel do ensino superior em nosso país, bem como um projeto de desenvolvimento nacional. No presente texto seria impossível abordar todos os aspectos envolvidos e por isso iremos destacar alguns elementos e a partir disto apontar quem ganha e quem perde com a referida proposta de reforma universitária.
Toda política estatal tem por detrás de si um projeto político embasado em interesses, concepções e valores que expressam grupos sociais e até mesmo nacionais. Iniciaremos apontando quais interesses internacionais estão por detrás da atual proposta de reforma universitária. Ela tem o suporte do Banco Mundial, que não só apresenta propostas como realiza imposições oriundas de seu poder financeiro e força real na condução da política nacional nos países de capitalismo subordinado. A visão da educação do Banco Mundial é mercantil, fundada nas velhas ideologias da ciência econômica, a chamada neoclássica (Coraggio, 2003), que toma a educação como uma mercadoria.

A lógica mercantil subjacente nas propostas do Banco Mundial pode ser percebida a partir da idéia de submeter o processo educacional ao mercado. A educação perde todos os seus elementos não-mercantis (formação humanista, pensamento crítico) tornando-se mera mercadoria. Isto ocorre, no caso do ensino superior, em todos os aspectos: a oferta do ensino superior se torna a venda de uma mercadoria, a formação do aluno se torna a preparação para o mercado; o conteúdo do ensino se torna utilitário, as instituições estatais de ensino passam a objetivar lucro. As mercadorias são produzidas e quem produz as mercadorias ideológicas do Banco Mundial são aqueles que detém o poder a nível mundial e no próprio banco: os Estados Unidos. O Banco Mundial visa reproduzir e intensificar a divisão internacional do trabalho e a subordinação dos países mais pobres. O processo de crescente empobrecimento nos países de capitalismo subordinado sofre grande interferência do Banco Mundial (Chossudovsky, 1999) e é retrato da nova lógica do que podemos chamar “neoimperalismo”. Destacaremos dois pontos das propostas originadas no Banco Mundial: o fim da gratuidade e um enrijecimento da divisão do trabalho intelectual. O fim da gratuidade (Leher, 2004a) vem apenas confirmar que o ensino se torna uma mercadoria, mesmo quando oferecida pelo Estado. Assim, é preciso pagar pelo ensino na esfera estatal e isto tem sua razão de ser na lógica do cálculo racional capitalista, pois o Estado assim diminui seus gastos, de acordo com lógica neoliberal. A idéia de autonomia universitária que vem sendo proposta pela reforma universitária se fundamenta na idéia de que as universidades devem captar recursos se vinculando a empresas privadas e ao mercado (Leher, 2004b). Na verdade, o que temos é sua total perda de autonomia, já que passa a se submeter ao mercado e também a parcerias com empresas privadas. A cobrança de mensalidades e taxas é apenas um processo de aprofundamento do que já vem ocorrendo com as universidades estatais. Outro elemento presente na proposta de reforma universitária, de acordo com os interesses do Banco Mundial é o enrijecimento da divisão internacional do trabalho intelectual. A OMC – Organização Mundial do Comércio – tenta promover um processo de concentração da produção científica-tecnológica ainda maior nos países imperialistas, especialmente nos EUA e isto também se encontra presente na proposta da ALCA – Aliança para o Livre Comércio nas Américas. Tendo em vista que a reforma universitária proposta pelo governo Lula aprofunda a precarização do trabalho docente e, por conseguinte, da produção intelectual nacional, ela incentiva a busca de um ensino superior em outros países, principalmente nos EUA, por aqueles privilegiados que podem pagar por isto. A precarização da força de trabalho docente é um forte incentivo para isto. A proposta de aumentar o número de vagas nas universidades estatais ocorre através do aumento da carga horária dos professores – o que significa mais tempo em sala de aula e menos tempo para pesquisa –, o aumento do número de alunos em sala – o que significa mais trabalho extra-sala para os professores, tal como a avaliação de trabalhos escritos que se eleva quantitativamente – e a expansão da EAD – Educação à Distância, que possui baixo custo e permite a um professor ter uma quantidade muito maior de alunos sob sua responsabilidade.

Haverá, com isto, uma notável queda da qualidade do ensino, pois o professor irá ter menos tempo para pesquisa, atualização, além do fato de que quanto maior o número de alunos numa sala de aula menor é o rendimento destes e esta era uma das vantagens do ensino superior estatal sobre o privado. O objetivo é claro: diminuir custos e, também, diminuir a qualidade de ensino, tornando mais equilibrado a diferença entre instituições estatais e privadas e produzindo futuros professores com formação inferior. A força de trabalho docente perde sua qualificação e a produção intelectual nacional se vê radicalmente prejudicada, o que beneficia os países imperialistas. A já secular colonização cultural brasileira seria assim reforçada e ampliada. Assim, alguns membros das elites brasileiras passariam a estudar no exterior, o mercado editorial passaria a ser ainda mais dominado pela produção estrangeira e assim por diante. A produção científica, intelectual e tecnológica, uma das fontes das desigualdades internacionais (Viana, 2000) seria concentrada ainda mais nos países mais desenvolvidos tecnologicamente, proporcionando uma reprodução ampliada da subordinação internacional.

Por fim, temos a subordinação das universidades estatais ao mercado. A competitividade se torna uma palavra-chave para aqueles que propõem a reforma universitária. As universidades estatais devem, doravante, atender as demandas do mercado nacional e serão avaliadas através da forma classificatória, um incentivo governamental para a competição. A competição social é uma das características fundamentais da sociabilidade na sociedade moderna (Viana, 2002) e tem sua origem no processo de produção e distribuição capitalista, e agora se aprofunda com o novo estágio do capitalismo, invadindo esferas da vida social nas quais sua influência não era tão grande. Um novo regime de acumulação vem para intensificar o processo de exploração (Viana, 2003), tanto a nível nacional quanto internacional, e a competição se torna cada vez mais “selvagem”, onde só se salvam os mais fortes. As universidades estatais neste contexto se mercantilizam ainda mais. E o grande critério passa a ser quantitativo. Esta competição não gira em torno da qualidade e sim da quantidade. No discurso se fala de qualidade, mas a concepção de qualidade se torna mercantil e utilitária.

E os interesses nacionais? No capitalismo subordinado não existem interesses nacionais, mas tão-somente interesses daqueles que detém o poder, aliados e subordinados àqueles que possuem o poder em escala mundial. Por isso, a maioria perde com a reforma universitária neoliberal do Governo Lula. Os estudantes perdem, não só com a queda da qualidade do ensino como também financeiramente, com o fim da gratuidade. Em longo prazo perdem também no que se refere ao mercado de trabalho, pois a “universalização” do ensino promovida pela reforma e contando com o setor privado em expansão extraordinária, tende a produzir um exército de desempregados diplomados, que irão competir de forma intensiva (e com a qualidade do ensino das universidades estatais em queda, em condições semelhantes aos estudantes oriundos do ensino privado), bem como os salários deverão ter uma queda cada vez maior, devido à oferta de força de trabalho. Os professores perdem, pois irão ter suas condições de trabalho precarizados, sua produção intelectual limitada, seus salários corroídos. A expansão dos cursos de pós-graduação tende a produzir um grande número de doutores e mestres que estarão competindo no mercado de trabalho, pressionando os salários para baixo, e diminuindo a qualidade do ensino, pois o crescimento da oferta de pós-graduação, assim como o da graduação, é acompanhado pela queda da qualidade.

A população em geral perde com a reforma neoliberal do ensino superior, pois ela faz parte do processo de aumento geral da exploração internacional que tende a aumentar a pobreza em escala crescente, principalmente em países de capitalismo subordinado como o Brasil. Uma pequena minoria ganha, além dos países imperialistas. O governo, as empresas capitalistas e os empresários da educação são beneficiados com este estado de coisas. O governo busca manter a governabilidade com a ilusão do ensino superior para a juventude e políticas paliativas (política de cotas, inclusão de excepcionais, entre outras). Os empresários da educação ganham por conseguirem ampliar o seu mercado consumidor e pelos incentivos governamentais. As empresas capitalistas ganham com a produção ampliada de força de trabalho, o que lhe permite aumentar a exploração com a queda dos salários oriunda da competição pelo mercado de trabalho. Em longo prazo, os que ganham também perdem, pois o neoliberalismo e neoimperialismo fazem da sociedade contemporânea uma panela de pressão que cada vez mais é aquecida com as políticas neoliberais e como eles não querem tirá-la do fogo, ela tende a explodir e acabar não apenas com o neoliberalismo mas com sua base de existência, o próprio capitalismo.





Referências
Chossudovsky, Michel. A Globalização da Pobreza. Impactos das Reformas do FMI e do Banco Mundial. São Paulo, Moderna, 1999.

Coraggio, José Luís. “Propostas do Banco Mundial para a educação”. In: Tommasi, L.; Warde, M.J.; Haddad, S. O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. 4ª edição, São Paulo, Cortez, 2003.

Leher, Roberto. Reforma Universitária do Governo Lula: Protagonismo do Banco Mundial e das lutas antineoliberais. In: http://www.andes.org.br/reforma_universitária_brasil_banco_mundial.pdf, acessado em agosto de 2004a.

Leher, Roberto.Reforma Universitária do Govenro Lula: Nota para uma Crítica do Documento elaborado pelo GT Interministerial (GTI). In: http://www.andes.org.br/ref_universitária_gov_lula.htm, acessado em 2004b.

Viana, Nildo. “Capital, Espaco e Desigualdade”. Boletim Goiano de Geografia. Vol. 20, no 1/2 , Dez. 2000.

Viana, Nildo. “Universo Psíquico e Reprodução do Capital”. In: Quinet, A.; Peixoto, M. A.; Viana, N. Psicanálise, Capitalismo e Cotidiano. Goiânia, Edições Germinal, 2002.

Viana, Nildo. Estado, Democracia e Cidadania. Rio de Janeiro, Achiamé, 2003.


Postado por: Marcos Adriano
Presidente do CAPED

CONVITE C.As

Convite,

Companheiros do Movimento Estudantil convidamos a todos os C.As para participarem da 2ª reunião entre C.As a mesma será realizada no dia 30 de Setembro Às 19:30hs no campus da Betânia na sala de Núcleos do Curso de Pedagogia. Na reunião trataremos de assuntos que com certeza é do interesse de todos, ressaltamos mais uma vez que essa reunião é uma iniciativas dos próprios C.As e não do DCE.

agradecido.

Obs: A sala de Núcleos da Pedagogia fica antes da Imprensa Universitária.


Marcos Adriano B. de Novaes
Presidente do CAPED - UEVA Curso de Pedagogia
Executiva Estadual de Pedagogia - CE
(88) 9605 - 4108 / (88) 9405 - 4783

Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVA
Campus BETÂNIA - 3677-4251
Sobral - CE

MOVIMENTO ESTUDANTIL E TRABALHO DE BASE

Por Vinícius Oliveira- “Doug”
MOVIMENTO ESTUDANTIL E TRABALHO DE BASE: ABRINDO CAMINHOS DE LUTA.

“A questão de atribuir um pensamento humano, uma verdade objetiva não é uma questão teórica, mas sim uma questão prática. É na práxis que o homem precisa provar a verdade”
Karl Marx
“É muito mais difícil e muito mais precioso mostrar-se revolucionário quando a situação não permite ainda a luta direta, declarada, verdadeiramente macia, verdadeiramente revolucionária, saber defender os interesses da revolução (pela propaganda, pela agitação, pela organização) em instituições não revolucionárias, ou mesmo claramente reacionárias, num ambiente não revolucionário, entre massas incapazes de compreender de imediato a necessidade de um método de ação revolucionária...”
Lênin
1- Introdução.
Todo movimento social necessita criar suas barricadas fortes para que possa resistir e agir . E o primeiro passo na construção dessa barricada é definir um objetivo, concepção e organização.
O movimento estudantil “Barricadas abrem caminhos” tem um objetivo fundamental que é a revolução socialista. Mas dentro desse objetivo o movimento localiza-se dentro do movimento de educação (particularmente universitário) mas não para limitar-se à ele, mas para a partir dele conseguir pintar de povo a universidade, a educação, o Brasil e o mundo.
Nesse contexto compreendemos a concepção do movimento estudantil classista como movimento social, que alia-se à classe trabalhadora e suas organizações, mas respeita a autonomia de si e de outras organizações. Para que o ME não vire correia de transmissão de pautas que não possam ter consonância.
Todo movimento só tem razão social de ser quando consegue entender as contradições sociais com que trabalha e qual a base social que o sustenta.
Por isso a discussão de trabalho de base é importantíssima no movimento estudantil, mas não basta apenas repetir as cartilhas do MST (sem dúvida o movimento social mais importante da América latina) ou de outras organizações, temos que formular a discussão de trabalho de base aproveitando as diversas experiências, mas com um olhar firme para nossos objetivos e nossa concepção
Encarando de tal forma, o debate sobre o projeto de educação do nosso país, da nossa universidade, polarizado hoje dentro da reforma universitária é vital para amadurecer qualquer espécie de discussão e atuação do movimento estudantil, se defende uma educação voltada para as elites ou voltada para o povo e a posição da reforma reflete isso.
Assim, pretende-se formular CONTRIBUIÇÕES, no sentido dialético, para a discussão do trabalho de base no movimento estudantil para potencializar nossas barricadas contra o capital e abrir caminhos de Luta.
2- O que seria trabalho de base?
Trabalho de base consiste em diferentes métodos de trabalhar uma causa dentro de uma coletividade específica (no caso estudantes), casado com uma leitura da realidade material e subjetiva, para formular sujeitos ativos da transformação social.
3- A importância do trabalho de base?
Marx já dizia que não são as idéias que moldam o mundo, mas o mundo na relação dialética com as idéias que determinam a realidade social. Então não basta que apresentemos o programa mais revolucionário ou mais à esquerda. O programa tem que apresentar consonância material e subjetiva com a atuação práxys do movimento.
Nesse sentido a leitura da realidade (ou conjuntura) mais acertada localmente, nacionalmente e internacionalmente reflete na construção do movimento, casado com sua concepção e organização que interfere no seu modo de ser e trabalho de base.
Na história da luta de classes a história não se move em forma linear, nem de forma evolutiva. A dialética da realidade não é estática, é movimento. Não podemos acreditar que porque a organização vai bem, ela sempre irá bem, está “evoluindo”. Nos momentos de Ascenso e descenso da organização a avaliação deve permanecer.
Prestemos atenção em 2 aspectos:
Fatores externos: que influi a conjuntura sua de outras organizações, inimigos de classe, descenso das lutas sociais.
Fatores internos: como pode haver um quadro grande de renovação de militância, erro no ritmo da luta, ou até mesmo o “tarefismo”,a falta de formação política e disciplina consciente.
4- Quem faz o trabalho de base?
Quem deve executar o trabalho de base é a ORGANIZAÇÃO. Por mais que algumas vezes a organização apresente-se com um ou poucos indivíduos, é para o chamado à coletividade que devemos apresentar nossa pauta.
A falta da organicidade à luta podem levar a erros históricos como a luta individual ou ao ativismo. E muitas vezes leva a atuação a um ciclo vicioso da eterna partida do ponto 0. Porque as pessoas não conseguem visualizar que cada luta é tocada pela organização. E que além da disputa pelo ganho material da pauta é a organização dos mesmos que garante qualquer conquista.
As formas de organização mais abertas, democráticas e formuladoras que estimulam o protagonismo social, a discussão dos pontos do problema ligados a questão mais ampla e entendem a importância do companheirismo, respeito ,solidariedade, alegria e ousadia na luta cotidiana ecoam mais enfaticamente nas escolhas.
5- A ideologia e os perfis dos estudantes

Uma discussão vital no campo da esquerda é a discussão da ideologia e do processo de consciência. A classe trabalhadora e os estudantes são doutrinados pela ideologia a seguir a vida material, os anseios e os sonhos burgueses. A família, o trabalho, a religião, a educação formal, a mídia e o Estado tentam garantir a sobrevivência da ordem burguesa e também a sua legitimação, tanto no campo material quanto na subjetividade.

De tal forma, que não podemos compreender o movimento estudantil apenas analisando-o por dentro, tanto seus acertos quanto os seus erros, mas analisar a atuação do mesmo dentro da conjuntura social. Vivemos uma conjuntura no Brasil de descenso das lutas sociais, cooptação das maiores organizações da classe trabalhadora (PT, UNE e CUT), sectarismo dentro da própria esquerda e um consenso conservador e individualista que nada se transforma pela coletividade. Vivemos em uma conjuntura de resistência e reorganização.

Então resta-nos entender o nosso campo de ação, ou seja nossa base social: os estudantes. Sabemos que os estudantes são policlassistas o que dificulta nossa intervenção de classe. Mas mesmo assim é dever nosso cumprir o nosso papel.
Dessa forma existem diversos interesses IMEDIATOS da estudantada na sua relação com a universidade o que pode refletir tanto na sua relação com a mesma, quanto com o movimento estudantil. Essa relação se dá também pela condições materiais que o individuo está submetido. Os interesses IMEDIATOS podem ser:
Acadêmicos - em uma formação acadêmica, formar-se intelectual (podendo cair na falsa separação trabalho braçal x intelectual)
Interesses puramente festivos- curtir a universidade, aproveitar os momentos lúdicos, conhecer novas pessoas e visões.
Carreiristas- por questão de emprego e sobrevivência. Estar na universidade para crescer no trabalho ou fazer concurso. Ou para garantir a famosa independência financeira.
Poder -assumir status na sociedade burguesa, afirmação pessoal ou familiar.
Transformação- pode ser individual,familiar, coorporativa e até de classe. As vezes pela ótica trabalhador ético e honesto que faz o “bem” pelo seu “bom” trabalho.
Não se trata de demonizar ou vangloriar um perfil acima do outro. Nem se trata de encaixar as pessoas dentro desses perfis. Esses tipos de perfis podem tanto se adentrar nas organizações estudantis de luta, quanto nas pelegas. Podem existir diversos interesses ou perfis não mencionados.
Esse tipo de discussão nos leva a pensar em como entendendo os interesses imediatos dos estudantes possamos fazem uma disputa de consciência, e pautar nossa atuação. É mais um recurso metodológico do que uma linha política.
6- Metodologia de trabalho de base no Movimento Estudantil
Processo de “Engajamento” no ME. (ou quem sabe de consciência)
A- Contradição x Indignação.
Não é o movimento em si que desperta, mas a contradição em movimento que pode indignar os indivíduos. Precisamos entender que os estudantes muitas vezes sabem que as contradições existem, mas sempre de forma “mediada”. Trabalhar com o ver, sentir, cheirar, tatear,ouvir e para evitar o desânimo trabalhar a contradição apontando a organização.
Entender que o capital tem “contradições” em todas as suas etapas e dentro da universidade como fora dela. Existem diferenciações dentro de um curso para outro, da relação entre professor e estudante, dos apadrinhados pelos que topam enfrentamento, entre os próprios funcionários, entre a formação colocada e o emprego imposto pelo mercado, entre a propaganda falseada e a realidade.
Exemplo: Na Universidade Federal de Sergipe, à 3 anos no primeiro dia de aula levamos os estudantes calouros de comunicação a conhecer os espaços da universidade e fazemos uma breve explicação sobre cada espaço e sua importância. Mas particularmente sempre levamos os calouros a conhecer a ante-sala do gabinete do reitor (sem aviso prévio) e pedimos que tirem uma “foto mental”(sem mediações) desse espaço para comparar com o nosso departamento. A contradição é alarmante e incontestável, porque falta estrutura para um departamento enquanto o gabinete da reitoria ostenta algo que só existe naquele espaço?
B-Indignação x participação
A partir do momento que trabalha-se a contradição e desperta a indignação,muitas perguntas surgem. É preciso que fique claro que esse processo não acontece com todos os indivíduos e também não ao mesmo tempo.
A indignação não é um passo completo na consciência, ela também pode se perder, por ser um sentimento ela passa. O indignado ainda pode-se mover pelos interesses individuais e achar que a resolução dos seus problemas por meios que apenas o favoreçam. Então dizer que o mundo vai mal, a universidade tá ruim pode trazer a linha de raciocínio:“ Então vou fazer o meu e foda-se o resto”. Ou seja também, pode cair na indignação INDIVIDUALISTA.
Devemos enfrentar a ideologia, que trata-se do falseamento da realidade e a universalização das idéias da classe dominante. Na hora da indignação devemos trabalhar a FORMAÇÃO. Através de debates que partam da realidade IMEDIATA. E combater os “mitos” ou as “verdades” que são minimamente perigosas para o avanço do trabalho de base no movimento estudantil.
Combater qualquer saída individualista, mostrando a importância da coletividade e da organização até mesmo para a conquista das pautas minimas. E que nós devemos ser os construtores da nossa própria história. Jogando qual o compromisso que nós devemos ter com a sociedade.
Exemplo: 1-Na mesma calourada (ou semana do calouro) no segundo dia realizamos um espaço sobre “Universidade e Formação”, convidando um estudante e um professor(ou convidado), para quebrar a idéia do professor como latifundiário do conhecimento e juntos teorizarmos sobre o que vemos e vivenciamos. Mostrar que conhecimento e educação no sentido epistemológico paulo freiriano são as idéias da classe dominante e que eles não vão sair da universidades “formados”, mas que estão passando por um processo de formação, e que o tempo todo vão ter que escolher se produzem conhecimento para os dominantes ou para povo.
Exemplo 2- Na mobilização por qualidade, realizar uma assembléia, discutir a pauta e propor comissões abertas além da organização, para que outras pessoas se inseriam na pauta e a partir dela na organização. Mostrando que temos que propor e agir.
C-Participação x ORGANICIDADE
Acreditar na coletividade é um passo. Exercitar a coletividade é um desafio!
Não somos formados para viver a coletividade. É difícil pensarmos enquanto organização e nos sentirmos parte dela. Adentramos em uma organização e sempre a testamos para saber se ela serve ou não, se aquele era discurso tem consonância prática.
Mostrar abertamente a organização como algo aberto e móvel . Que ela é instrumento da luta.
Exemplo: As pessoas quando entram nas organizações e pegam as tarefas que mais se identificam, não se desafiam em expandir seus horizontes. Não se desafia a pensar a organização.
Organicidade no planejamento e divisão equitativa das tarefas.
A organicidade real do movimento é sentida quando existe uma formação coletiva e quando as tarefas também são encaradas dessa forma. Organizações que legitimam a concentração de tarefas e o personalismo não tendem a durar muito. Isso não desqualifica a formação de referências.
É preciso sensibilidade no cotidiano da organização. Prestar atenção na companheirada mais nova, envolver nas discussões, leituras e tarefas. Cobrar das pessoas mais experientes atenção, cuidado e compromisso. Trazer pautas para organização que contemplem os diferentes perfis de militantes, trabalhando discussões acadêmicas,culturais, mobilizadoras.
Importante também nesse aspecto sair um pouco da universidade. Mostrar que existem outras organizações, movimentos sociais e que nossa tarefa é estar aliada a esse setores.
D- POSICIONAMENTO DE CLASSE
A partir do estudante vivendo a contradição, organizando-se e colocando-se em movimento. Os caminhos para a construção e posicionamento de classe entrelaçam dialeticamente com a nossa forma de fazer movimento. Nossas referências de movimentação, leituras, até uso de roupas abrem a mente da galera para que possamos dialogar sobre qual a grande questão da classe trabalhadora: a Luta de classes.
Nesse momento é adequado unirmos as pautas estudantis as pautas da classe trabalhadora, sem menosprezar a luta estudantil. A importância de estarmos juntos aos movimentos sociais de maneira critica (para também não virarmos correia de transmissão!). Enfim, de fazermos luta para quebrar os muros da universidade.
Não trata-se de dissociar a luta de classes da luta do movimento estudantil. Mas sim de saber como vamos relacionar a luta do movimento estudantil com a luta da classe trabalhadora.
* Formação Política
Sempre que entramos no movimento estudantil, temos a impressão que a luta começa quando entramos. A formação política é fator fundamental no trabalho de base. Compreender o que fazemos, porque fazemos e que a nossa luta é muito anterior a nossa existência e que continuará além dela.
É fundamental termos um referencial teórico nos nossos cursos dentro do marxismo. E compreender a luta de classes e sua história de lutas no Brasil e no mundo. Entender o capitalismo e suas bases econômicas-políticas. Compreender qual o projeto de educação defendido pelo capital na atual conjuntura e dentro de todo o contexto qual o papel do movimento estudantil.
*Quantitativo x Qualitativo.
Um dos erros que os diferentes movimentos fazem é avaliar o trabalho de base pelo critério apenas quantitativo. E também não podemos avaliar pelo critério apenas qualitativo (companheirada bem politizada!).
O sentido do trabalho de base é seguir a dialética de quantitativo e qualitativo. Não adianta formar um grupo qualificado que não consegue organizar a estudantada para mobilizações, e não adianta um grupo massivo que não tem o debate tático e estratégico claro.
7- PARA OS QUE VIRÃO
Quem trata de fragmentar o ser é o capital. Não podemos cair na dicotomia entre sentir e pensar. A sensibilidade militante deve nortear nossa luta cotidiana colado com o nosso sonho da revolução socialista.
A criatividade e a ousadia devem também fazer parte da nossa atuação. É na ousadia, no fazer diferente que as pessoas sentem o tesão pela luta e pela organização, devemos ser o estimulante dos militantes criativos e ousados.
Sempre ouvimos que o Movimento estudantil é passageiro, mas o movimento deve ser permanente quem é passageiro é o militante.
É papel da organização e dos militantes INSPIRAR. Trazer a cabeça e o coração para pensar a luta. Estimular valores de lutadores que sabem que não carregam as verdades do mundo, mas que sabem e sentem o compromisso que nossa história não nos deixa esquecer.
Então o nosso trabalho de base deve ser voltado para os que virão. Para os novos. Para o despertar de novos lutadores e lutadoras. Para que em meio a essa sociedade que queima de ódio, egoísmo e desigualdades façamos chuvas de contestação.

Chuvas de Contestação
por Vinícius Oliveira

A seca de esperanças
faz com que criemos chuvas de contestação
Correr atrás do objetivo da transformação
cair na realidade e dar de cara no chão
morrer enquanto individuo e renascer
enquanto organização
organizar nossa teoria
organizar nossa ação
sensibilizar os indivíduos para a transformação
formar a militância com a cabeça e o coração
lutar, mesmo de mãos atadas,
pois, o compromisso é com a nossa classe
criatividade e ousadia
devem ser a nossa agitação
inspirar a nossa juventude
inspirar o sujeito na atuação
criando barricadas de idéias
abrindo caminhos para a revolução

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM OUTROS ESPAÇOS

Em primeiro momento, algumas pessoas ainda acham que a Pedagogia está estritamente relacionada à área educativa ou docente, contudo, sabe-se que esta graduação habilita o profissional a atuar também em supervisão, orientação e em projetos de recursos humanos.
Hoje, este conceito amplia-se mais ainda com a noção do pedagogo empresarial. Segundo Neide Hoffs, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP o pedagogo pode atuar em todas as áreas que requerem um trabalho educativo, portanto, está habilitado a militar no campo da andragogia – educação de adultos.
O curso de pedagogia ainda não está devidamente voltado à educação empresarial, pois atém-se muito à escola, por isso é importante cursar uma pós-graduação mais voltada para a empresa ou para os recursos humanos.
No ambiente empresarial, o pedagogo pode focar seu trabalho em duas direções: no funcionário ou no produto/serviço. Atuando com o funcionário, o pedagogo deve iniciar suas atividades conjuntamente com o departamento de RH, criando projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários. No segundo caso, este profissional atuará em empresas que vendem serviço/produtos educacionais como editoras, sites, ONGs. Dessa forma, o pedagogo irá adequar a linguagem comercial ao tipo de produto oferecido, para expor de maneira satisfatória. Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de projetos de implantação de universidades corporativas, avaliando a viabilidade de cursos e programas educacionais, contatando profissionais e confeccionando material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por treinamentos de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos líderes a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a realizar tarefas.
Pode-se ainda, como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações, em função de uma experiência adquirida em outras instituições. É válido salientar que à medida que o profissional pretende oferecer um serviço mais elaborado, é necessário especializar-se com cursos e pós-graduações. Desta forma, chega um momento em que a graduação inicial foi apenas o ponto de partida.
De acordo com as reflexões acima tudo indica que há nos setores produtivos que implementam as novas formas de organização do trabalho a possibilidade de atuação do pedagogo. Por outro lado, pudemos constatar que a maior parte dos dirigentes, sejam eles de recursos humanos ou administrativos, manifestam desconhecimento do trabalho que o pedagogo possa realizar dentro da indústria. A maior parte dos diretores e dirigentes demonstra indicar o pedagogo como docente, restringindo seu trabalho à sala de aula. Embora esses dirigentes alegassem haver possibilidade de contratação de estagiários do curso de pedagogia, a concepção restrita do trabalho do pedagogo dificulta o acesso desse profissional à indústria, pois dificilmente a empresa contratará um profissional desconhecendo sua área de atuação, ou seja, sem saber que conhecimento técnico esse profissional possui e em que ele poderia ser útil na empresa.
No entanto, para que os programas de qualificação profissional não contemplem a separação entre planejamento e execução, como no modelo taylorista-fordista, o pedagogo deve oferecer instrumentos que capacitem os demais agentes do processo produtivo a discutir, questionar, pesquisar e propor objetivos a serem alcançados, bem como auxiliar na escolha das metodologias mais apropriadas e materiais a serem utilizados.
Assim, podemos dizer que a especificidade do trabalho do pedagogo pode contribuir significativamente com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações produtivas em curso e se passe a requerer maior potencial intelectual.

Postado por: Marcos Adriano
Presidente do CAPED

domingo, 12 de setembro de 2010

Explicacoes e NOVIDADESSS!

Caros visitantes e seguidores, a ferramenta que dispomos no momento para atualizar o nosso Blog, encontra-se configurada para acentuar palavras. Pedimos desculpas por tal falha técnica, para que nao pensem que a falha é gramatical.

Estivemos reunidos (sexta-feira 10-09-10) com o Sr. Reitor, e vamos marcar uma Assembléia Geral para que possamos discutir os assuntos que foram abordados. Aguardem.

Atenciosamente

Aline Fonteles
Coordenadoria de Comunicação

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Algumas Pendências...

Já marcamos a reunião com a reitoria, os protestos so irão ocorrer dependendo das respostas que vamos obter, logo após a reunião com o Magnífico Reitor, faremos uma Assembléia para discutir os novos rumos das nossas ações.

Os reclames dos alunos serão avaliados em reuinão, e iremos tentar resolver, principalmente a questão de alguns alunos do 2º e 5º período que não conseguiram efetuar matrícula em algumas disciplinas.

Sobre o FIPED, precisamos de ajuda para conseguirmos carros que levem o restante do pessoal, pois conseguimos apenas o micro ônibus, que vai levar preferencialmente aqueles alunos que irao apresentar trabalhos científicos.

Mais informações entre em contato conosco pelo e-mail capedueva@gmail.com

Por Aline Fonteles
Coordenadoria de Comunicação

Novidades!!!

Caros colegas de curso, estamos de volta, depois de passar alguns dias sem atualizar o nosso Blog, mas pedimos a compreensão de vocês, ja que o inicio do semestre exige muito de todos nós.

Viemos através deste post agradecer pelos alimentos arrecadados para a entidade que escolhemos ajudar nesse semestre. Não conseguimos quantificar, porém foram muitos quilos, aproximadamente 300kg. A APAE foi buscar as doações sexta- feira dia 03/09/10, e o carro ficou lotado, e eles muito felizes!

Vamos agendar a nossa visita, mas precisamos combinar os horários, e ver quem pode e quem quer ir. Esta visita está aberta a todos do nosso curso, e como futuros pedagogos precisamos conhecer essa entidade tao importante para a educação inclusiva.

Confessamos que em algum momento pensamos que nao conseguiriamos arrecadar, mas a turma do 5 período estimulados pela professora Eveline, fizeram grupos e nos proporcionaram uma grande surpreza, pois ao entrarmos na sala de núcleo do curso, não podiamos nem pisar no chão, pois havia muitas doações.

Que esse semestre seja uma lição: Certas coisas nao são caridade e sim obrigação.

Por Aline Fonteles
Coordenadoria de Comunicação

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BANDEIRAS DE LUTA ELABORADA DURANTE A PLENÁRIA FINAL

Bandeiras de Luta

> Que a classe trabalhadora não pague pela crise. (Aprovado)
> Por uma assistência estudantil de qualidade e efetiva.
> Por um Movimento Estudantil autônomo.
> Pela independência política e financeira do M.E.
> Por 10% do PIB para a Educação.
> Por Educação pública, gratuita e de qualidade.
> Contra a reforma universitária do governo Lula, FMI e Banco Mundial.
> Pela melhoria da infra-estrutura das universidades públicas do Ceará.
> Contra o machismo, racismo e homofobia.
> Solidariedade ao povo haitiano.
> Por um M.E. combativo e de luta.
> Por uma expansão universitária responsável e de qualidade (com qualidade e efetiva).
> Acesso livre à universidade pública.
> Contra a privatização do ensino superior.
> Educação não é mercadoria.
> Contra a federalização das universidades estaduais: UECE, UEVA e URCA)
> Pela efetivação do piso salarial para professores.
> Concurso público para professores efetivos. Já!!!
> Pela valorização do profissional Pedagogo.
> Pela construção/reformas de restaurantes universitários nas universidades publicas do estado do Ceará e pela gratuidade deste serviço perante a comunidade acadêmica.
> Pela oferta de transporte municipal e intermunicipal público, gratuito e de qualidade para estudantes da educação básica.
> Pela distribuição de carteiras de estudantes para as unidades do interior.
> Contra a criminalização do movimento estudantil, movimentos sociais, movimento sindical e movimento contra as opressões.
> Pela acessibilidade e permanência de pessoas com deficiências nas universidades no estado do Ceará.
> Por creches nas universidades públicas no estado do Ceará.
> Por Ensino, Pesquisa e Extensão de qualidade.

Encaminhamentos (Propostas de Itapery e Feclesc)
Aprofundar o debate a cerca da regulamentação da profissão do Pedagogo nos diversos campus da Pedagogia a nível de estado, articulando seminários, palestras e afins sobre a temática.

Plano de Lutas

Encaminhar a participação/representação das unidades presentes no XXIX EEEPe na 2ª. Assembléia Estadual da ANEL-CE a se realizar nos dias 26 e 27 de junho de 2010 no campus do Itapery da Universidade Estadual do Ceará.
Elaborar moção de apoio a luta dos trabalhadores rodoviários de Fortaleza.
Elaborar moção de apoio à luta por concurso público para professores efetivos que contemple a carência das Universidades Estaduais do Ceará (UECE, UEVA e URCA), bem como a luta pela equiparação salarial dos professores substitutos das universidades.
Fortalecer o diálogo/comunicação entre os estudantes de Pedagogia das universidades no estado do Ceará.

Postado por: Marcos Adriano
Presidente do CAPED

DELEGAÇÃO DE PEDAGOGIA DA UEVA NO ENCONTRO ESTADUAL DOS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA




FORMOS A DELEGAÇÃO QUE MAIS APRESENTOU TRABALHO NO EVENTO











Delegação de Sobral





Esses encontros hehehe....


Eva e Paulo



Pedagogia de Sobral em peso!!!

Abertura do Encontro!!!









Participação dos acadêmicos de Pedagogia da UEVA no 29º ENCONTRO ESTADUAL DOS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA em Itapipoca de 10 a 13 de junho de 2010.

Delegação do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UEVA, composto por 16 acadêmicos participaram do 29º Encontro Estadual dos Estudantes de Pedagogia. O encontro tinha como tema: PEDAGOGIA COMO PRÁXIS DA EDUCAÇÃO: ATUAL CONJUNTURA E PERSPECTIVAS.
Os Encontros Estaduais de Pedagogia possuem, por função, promover o contato entre estudantes interessados nas problemáticas concernentes à formação e atuação do pedagogo na sociedade contemporânea. O XXIX Encontro Estadual de Pedagogia do ano de 2010 vem trazendo como tema “pedagogia como práxis da educação: atual conjuntura e perspectivas”. A escolha do tema se deveu ao fato de que acreditamos que a pedagogia pode servir como um instrumento voltado a uma educação que procure reduzir ou findar os graves problemas sociais aos quais estamos submetidos. Freire dizia que a prática educativa era a alternativa maior para libertarmo-nos do quadro ao qual estamos expostos. Para ele, somente pela prática pedagógica refletida (Práxis), a liberdade poderia emergir.
A práxis é o resultado da relação existente entre a técnica e a política, acionadas por um profissional que se inventa na arte de dialogar com outros. Para haver práxis devemos ser capazes não apenas de domínio técnico científico, mas também de compreensão política da realidade. E vale ressaltar o contrário, para que a práxis se estabeleça devemos não apenas ter compreensão política, mas também ser domínio de conhecimento técnico que irá interagir e modificar-se ao contato com o conhecimento do outro. De qualquer modo, técnica, interação e política (são três elementos centrais da práxis freiriana).

OBJETIVO GERAL
O XXIX Encontro Estadual de Estudantes de Pedagogia tem por objetivo discutir de forma crítica à atual política educacional, e com isso propor práticas que venham a ser alternativas para o atual modelo educacional. Esse evento tem, pois, um caráter político, pedagógico e científico. Além de tudo, pretende dialogar sobre os diversos espaços sociais e suas práticas educativas e os rumos do Movimento Estudantil de Pedagogia do Ceará.

ESPECÍFICOS
• Refletir e discutir as práticas pedagógicas que estão configuradas no ensino básico;
• Fortalecer a dimensão política do movimento estudantil de Pedagogia do Ceará;
• Escolha da executiva estadual de pedagogia
• Promover a integração e a discussão dos rumos que o Curso de Pedagogia terá;
• Encaminhar agenda de lutas do movimento estudantil com objetivos definidos.
• Seleção da comissão responsável pela elaboração do estatuto do EEEPe.
O encontro aconteceu na cidade de Itapipoca de 10 a 13 de junho corrente ano. Ressaltamos que foram apresentados 11 trabalhos sendo 9 em comunicação oral e 2 pôsteres. Para isso contamos com o apoio da Universidade com o translado ida/volta

OS ENCAMINHAMENTOS...
Estamos nos preparando para um dos grandes encontros de Pedagogia, o III Fórum Internacional de Pedagogia – FIPED que acontecerá na cidade de Quixadá - CE.
Na Plenária final do evento o acadêmico Marcos Adriano do 3º período do Curso de Pedagogia foi escolhido para compor a EXECUTIVA ESTADUAL DE PEDAGOGIA que tem como finalidade representar os estudantes do Estado, ajudar a organizar os Encontros Estaduais dos Estudantes de Pedagogia, que acontece anualmente e organizar o Movimento Estudantil do curso de Pedagogia, elaborando propostas de atividades para os estudantes das Universidades do Estado, construindo uma pauta de organização dos estudantes na conquista de seus objetivos! e junto com o mesmo o acadêmico Francisco Aristides se candidatou como membro da EXECUTIVA NACIONAL DE PEDAGOGIA com função de participar da Organização dos Encontros Nacionais dos Estudantes de Pedagogia e participar da elaboração de propostas de atividades Nacionais dos Estudantes de Pedagogia foi empossado no Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia – ENEPE que aconteceu em julho deste ano onde teremos o acadêmico Aristides como representante.

Postado por: Marcos Adriano
Presidente do CAPED